Colômbia: Ofensiva governamental deixa 60 mortos

A administração conservador de Bogotá, liderado por presidente Álvaro Uribe Velez, lançou a campanha mais ambiciosa dos últimos meses neste final de semana. Numa frente de 300 km. soldados governamentais mataram 22 elementos dos grupos paramilitares e capturaram três, matando também 28 membros da FARC, de acordo com um anúncio do exército da Colômbia divulgado no Domingo. O relatório revela também que 10 soldados do exército colombiano também pereceram nos ataques.

A batalha mais feroz teve lugar na província de Casanare, cerca de 300 km. a nordeste de Bogotá, onde uma coluna dos grupos paramilitares foi interceptado pelo exército. 21 paramilitares foram mortos, três foram capturados e os dez soldados do exército morreram nesta batalha.

O exército atacou depois de ter recebido relatórios das forças de inteligência que os paramilitares planeavam atacar a aldeia de Villanueva. General Martin Orlando Carreno declarou à imprensa que “O exército reagiu depressa depois de considerar os relatórios da inteligência”.

Noutra batalha, contra as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia –FARC – 17 membros destas forças morreram, de acordo com declarações do exército. Estas declarações não foram confirmadas pela FARC.

Estes ataques decorrem enquanto FARC e os paramilitares negociam paz com o governo, para por fim à guerra que ensanguenta a Colômbia há quarenta anos.

Uribe, um aliado próximo de Washington, abriu negociações para desmobilizar 20,000 paramilitares, que Washingon rotula de “terroristas”. Até que se retirem do conflito, Uribe promete combater estes elementos, que combatem a FARC e que são responsáveis pelas piores atrocidades na guerra de guerrilha que dura há quatro décadas.

Entre Dezembro de 2002 e Dezembro de 2003, os paramilitares fascistas cometeram pelo menos uma dúzia de massacres e simultaneamente, chefes destes elementos, procurados nos EUA acusados de tráfico de droga, pedem uma amnistia enquanto as forças são desmobilizadas.

Por muito que a linha dura de Uribe ganhe apoio entre sectores da população, não impediu que este sofreu uma derrota enorme no referendo sobre a sua política económica no final do ano passado.

Hernán ETCHALECO PRAVDA.Ru BUENOS AIRES ARGENTINA

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