Derrubem esta muralha, já!!

A muralha da vergonha, construida ilegalmente em território ocupado para separar físicamente os palestinianos dos colonos israelitas (que ocupam território palestiniano ilegalmente) já foi condenado pelo Tribunal Mundial e ontem, pelas Nações Unidas, que exigem o desmantelamento da muralha.

A Assembleia Geral da ONU votou por 150 votos contra seis (os Estados Unidos da América, Israel, Austrália, as Ilhas Marshall, Micronésia e Palau) para a destruição da muralha, apoiando a decisão tomada no início de Julho pelo Tribunal Mundial, que a muralha é ilegal.

Israel afirma que a construção impede células terroristas de entrar em território seu a partir da Palestina, enquanto os palestinianos, que levaram a questão à ONU, entendem que esta muralha é uma intrusão contra a sua nação nas suas terras, que estão ocupadas ilegalmente por Israel.

Se essa muralha fosse construída em território israelita, com o propósito de afastar os grupos de extremistas, Tel Aviv teria toda a razão de se proteger desta forma – todas as nações têm o direito de se protegerem. Contudo, como pode haver qualquer justificação pela construção desta muralha em território que não pertence, e nunca pertencerá, a Israel, e para proteger colonos judeus que de qualquer forma estão ocupando terras alheias ilegalmente?

Se Israel continuar a desafiar a lei internacional desta maneira, corre o risco de se isolar da comunidade internacional, algo que George Bush conseguiu em quatro anos e em vez de impedir ataques terroristas, Israel está a atirar mais lenha para a fogueira do extremismo, criando mais ódio e um espírito de resistência mais apurado contra o que é percebido, correctamente, como o roubo e ocupação ilegal de terras. É um acto de guerra.

Se Israel entende que pode continuar a practicar políticas de arrogância e provocação, esta Muralha de Apartheid pode muito bem se tornar na Segunda Muralha das Lamentações neste país.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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