EUA continua a juntar forças bélicas no Golfo

Washington continua implacavelmente as suas preparativas para desencadear uma guerra contra o Iraque. Uma peça fundamental neste cenário será a Turquia.

Turquia tem a chave na mão, se deixa as forças armadas dos EUA lançar uma ofensiva contra o Iraque ou não. Por enquanto, quer o presidente, Ahmet Sezer, quer o Primeiro Ministro, Recep Erdogan, esta autorização não é automático e os EUA não devem pensar que o uso das suas bases na Turquia é um dado adquirido.

Nos bastidores, não há uma questão ética nem moral, mas sim de dinheiro. Ancara negoceia com os EUA não o direito à vida dos civis iraquianos e não questões fundamentais da lei internacional mas sim, se os EUA irão pagar 50 bilhões de USD para o direito de usar as suas bases, enquanto Washington oferece metade daquela verba e insiste que não irá pagar mais.

A retórica oriundo da administração Bush começa a mostrar sinais de histeria, causada pela frustração de verem os seus planos para a guerra goradas pela vontade colectiva da comunidade internacional, com a excepção de Londres.

A Suíça ontem declarou que nega autorização às forças armadas dos EUA de usarem o seu espaço aéreo por fins bélicos, no entanto podem usá-lo para missões humanitárias.

A Federação Russa continua a trabalhar junto à comunidade internacional no seu apelo para uma solução pacífica à crise. O MNE da Federação Russa. Igor Ivanov, apelou aos EUA para os dois países estudarem planos para uma saída pacífica, afirmando que seria um bom teste para as relações entre a Federação Russa e os Estados Unidos da América.

No entanto, Washington continua cego e surdo aos apelos. Ainda na quarta-feira, desembarcou mais 522 veículos blindados na Turquia numa operação secreta, para serem transportados para a fronteira com o Iraque.

As pressões sobre Ancara e o Parlamento Turco já começaram. Será que este país tem o carácter de seguir a linha de direito internacional, ou baixar os olhos e aceitar os 25 bilhões de USD?

Timofei BYELO PRAVDA.Ru