Tragédia em Quénia: 100,000 morrem a fome

O Programa Alimentar Mundial decidiu reduzir o seu programa de apoio alimentar por 25% no campo de refugiados de Dadaab em Quénia, onde entre os mais que 100,000 pessoas há crianças já a sofrer de malnutrição.

Uma equipa de jornalistas da East African Standard visitaram outro acampamento em Ifo, e descobriram que a ração de comida que sustentava as famílias por uma semana agora tem de durar quinze dias. Outra equipa visitou o hospital de Ifo, onde encontrou dez crianças em risco de morte por malnutrição.

Alguns refugiados falaram com os jornalistas, informando que o PAM tinha substituido a farinha de trigo por farinha de milho, devido a um problema de fornecimento. A farinha de trigo tinha a dupla vantagem de ter propriedades curativas para crianças com diarréia crónica e sem isso, algumas delas encaram um risco mais elevado de morte por deshidratação.

O PAM admitiu que há um problema na cadeia de fornecimento e que pode desenvolver-se uma crise grave a partir de Abril próximo, se não for resolvido, apelando a países doadores para aumentarem seu apoio.

Pela evidência nos campos de refugiados, Abril parecia uma data muito optimista. Que final tão apropriado para o ano de 2003, quando dezenas de bilhões de dólares foram queimados numa guerra ilegal, seguido por um acto selvático de chacina numa escala monstruosa – e as crianças de África morrem a fome porque não têm de comer!

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru Traduzido por Ekaterina PENEVA

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