Grã-Bretanha desmantela rede mundial de pedófilos

Foi desmantelada uma rede internacional de pedófilos na internet, utilizada por 700 suspeitos, com a cooperação da polícia de 35 países e permitiu salvar 31 crianças, informaram nesta segunda-feira autoridades britânicas.

O desmantelamento da rede ocorreu depois de dez meses de investigações da agência cibernética de proteção da infância (CEOP), uma organização britânica que assumiu o controle de um fórum na internet chamado "Kids the light of our lives" (crianças, a luz das nossas vidas).

"Centenas de membros no mundo a utilizaram para trocar produtos, inclusive fotografias e vídeos de crianças vítimas de abusos sexuais", explicou o diretor-geral da CEOP, Jim Gamble.

"A operação internacional permitiu salvar 31 crianças", de "muito, muito pequenas, até com pouco mais de 10 anos", acrescentou a agência, destacando que 15 dos menores estavam na Grã-Bretanha e aparentemente alguns eram maltratados pelos próprios pais. O encarregado do fórum, Timothy David Martyn Cox, um britânico de 28 anos residente em Suffolk (sudeste da Inglaterra), havia alojado o site num servidor britânico.

Cox foi detido em setembro do ano passado e, após se declarar culpado das nove acusações apresentadas contra ele, foi condenado nesta segunda-feira à prisão por um tribunal de Ipswich (leste da Inglaterra), a uma pena ainda indeterminada, o que significa que ficará preso até que deixe de ser considerado perigoso.

Para permitir a identificação de outros usuários, a polícia manteve o fórum operacional por dez dias, mas sem distribuir imagens.
No total, na Grã-Bretanha podem ser processados judicialmente 200 supostos pedófilos, sempre segundo o CEOP.

A detenção de Cox permitiu à polícia novas ações, como a prisão de quem aparentemente tentou retomar a gestão da plataforma em sua ausência, um outro britânico, Gordon Mackintosh, de 33 anos, residente em Hertgordshire (sudeste da Inglaterra). Ele também se declarou culpado e agora deve ser sentenciado no fim do mês.

Martyn Cox operava do quarto da exploração agrícola onde trabalhava e vivia com seus pais, sua irmã e sua namorada.
Seu computador tinha 76.000 fotos de crianças e mil vídeos (com duração total de 316 horas). Segundo as autoridades, ele transferiu 11.500 para outros internautas, usando o apelido de "son of God" (filho de Deus).

Ele também era membro de uma rede de pedofilia radicada nos Estados Unidos, fechada em março pelas autoridades.
O juiz Peter Thompson, que sentenciou Cox, se referiu às imagens como "chocantes" e "sádicas", incluindo o estupro de uma menina de cinco anos.

O advogado de defesa, Greg Perrin, disse que não há provas de que seu cliente tenha praticado violência sexual contra crianças.

Fonte: G1

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