Iraque: outro Frankenstein?

Há um quarto de século, os norte-americanos indicaram Saddam para atacar a revolução iraniana. Também co-gestaram a Al Qaeda, contra os soviéticos.

Nos dois casos, os EUA sabiam que seus aliados massacravam civis com as armas que o Ocidente lhes enviava, mas acreditavam que eram males necessários para derrotar adversários ainda piores.

Agora, a ocupação do Iraque está dando espaço a um novo governo constitucional, que será exercido pela aliança liderada pelo aiatolá Al Sistani (que obteve 48% nas eleições).

O clero xiita quer um modelo teocrático semelhante ao que vigora no Irã. O fundamentalismo xiita iraquiano se comporta hoje moderadamente diante de Bush e defende um governo em conjunto com seculares e minorias.

Entretanto, tem fortes laços com Teerã e o Hezbollah (considerados os maiores inimigos dos EUA na região), o que leva a crer que não se pode descartar um futuro choque.

Prof. Dr. Isaac BIGIO

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