Paz Americana no Iraque

Durante a noite os americanos bombardearam as aéreas civis, e de dia atiravam em militantes de Saddam Hussein (atingindo ao mesmo tempo mulheres, crianças e idosos que tentavam fugir do Iraque). As autoridades americanas negaram que as informações fossem verdadeiras. As principais agências de notícias norte americanas (CNN e a FOX NEWS) repassaram versões a favor de Washington para a mídia internacional.

Por exemplo, que os bombardeios norte americanos, visavam apenas alvos militares, e quase não havia civis mortos ou feridos. Somente a TV árabe Al Jazeera do Qatar, transmitia o holocausto nas áreas civis nas cidades iraquianas, causadas pelos bombardeios aéreos irresponsáveis e desnecessários. Pela manhã, o mundo podia conferir a precisão das "bombas inteligentes" de Donald Rumsfeld lançadas contra áreas militares. Crianças mortas, famílias desfeitas, órfãos, pessoas que perderam seus braços, suas pernas, e que ficaram com queimadoras do terceiro grau, alguns em 90% dos seus corpos.

Havia cenas mais chocantes, mas que não foram exibidas pela TV árabe Al Jazeera por questões de ética, como " pessoas carbonizadas no meio das ruas, pedaços de corpos espalhados junto com destroços dos mísseis." São as verdadeiras imagens que as TVs americanas não mostraram ao mundo, para encobrir os atos genocidas do presidente George Bush e justificar uma guerra "preventiva" contra ações terroristas no futuro. Os americanos com uma força bélica superior, ocuparam as cidades iraquianas, mas enfrentaram fortes resistências por parte das milícias de Saddam Hussein, de mártires iraquianos e de árabes provenientes de outros países: Síria, Líbano, Nigéria, Sauditas, tchetchenos e da própria população que combatiam a invasão anglo-americana. A guerra no Iraque prolongou-se por três semanas, os estragos estão visíveis em todas as partes. No olhar de cada cidadão iraquiano, na cidade cinzenta e destruída, nos hospitais iraquianos super lotados. Pessoas aproveitam o dia no Iraque, para sair pelas ruas, crianças que não perderam suas pernas jogam bola, outros lotam as mesquitas nas cidades iraquianas. Aparentemente, a guerra acabou. Os comandantes militares americanos continuam com a selvajaria e a barbárie no Iraque, promovem a desordem por todo o país, atiram contra civis, destroem monumentos e prédios públicos, e ainda segundo a população civil iraquiana, os soldados americanos participaram junto com os saqueadores ao roubo do Museu Arqueológico de Bagdá, o mais importante do oriente médio, e um dos mais importantes do mundo pelos seus acervos históricos de importantes civilizações antigas: Assírios, Sumérios, Babilónios. O agravante da ocupação caótica no Iraque, são a falta de água, de energia elétrica, e a situação nos hospitais superlotados de civis apanhados na chacina imperialista anglo-saxónica. Também não existe governo em Bagdá, nem policiamento para conter os saqueadores e baderneiros. Os EUA querem que o general americano Jay Garner administre o Iraque, no mínimo por dois anos. Será que dois anos será suficiente para as companhias petrolíferas americanas "gozarem do ouro negro"?. Ambicioso esse plano de governo para o Iraque, "usar o petróleo para custear os prejuízos da guerra e reconstruir as cidades". Essa proposta americana, está encontrando fortes resistências da UE, Rússia, Liga Árabe, e até o aliado inglês Tony Blair é contra uma administração americana no Iraque. A população civil iraquiana não quer mais a presença de norte americanos e ingleses no seu país. Por todo o Iraque soldados americanos estão sendo agraciados a balas pelos iraquianos, e com atentados suicidas. Na ultima quinta-feira dia 10, um mártir iraquiano abateu cinco soldados americanos, segundo o relato do comandante responsável pela tropa atacada, Matt Baker. Na capital Bagdá, é o local onde os americanos estão sofrendo mais baixas. Essa informação é confirmada pelo Major General Victor Renuart do comando americano no Quatar. "Bagdá é ainda um lugar horrível. Há muitos lugares que não estão de forma alguma seguros". No Bairro de Adhmiya, zona leste de Bagdá, os americanos sofreram com 30 baixas. As autoridades americanas confirmaram as perdas.

Segundo informações, os soldados americanos entraram na mesquita sunita Abu Hanifa, com o pretexto de que Saddam Hussein estaria lá escondido. Os combatentes iraquianos consideraram tal atitude um insulto e começaram a atirar na tropa americana, com AK 47, morteiros e granadas. Guerrear um país militarmente fraco, foi fácil, mas governar o Iraque, com rivalidades étnicas profundas e divisões com ramificações complexas, por exemplo, a questão curda, pode ser um pedaço muito mais difícil de roer do que pensavam os planejadores em Washington, cuja visão quase nunca chega além da ponta do nariz.

Administrar um país no Médio Oriente com ambições ocidentais, impor a "cultura" americana nas escolas iraquianas de costumes árabes, ensinar as crianças que o presidente americano George Bush, apenas libertou a população árabe...sabe muito à Hollywood e aqueles filmes meios-chorudos de Domingo a tarde mas no contexto da diplomacia internacional e de direitos do homem, os EUA t

Michelle MATOS PRAVDA Ru BRASIL

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