Polícia chinesa recuperou 379 trabalhadores em condições de escravatura

De acordo com a imprensa estatal, a polícia chinesa já recuperou 379 trabalhadores que se encontravam em condições de escravatura em fábricas de tijolos do centro da China, nas últimas operações nas províncias de Shanxi e Henan.

Entre os resgatados nas duas províncias estão mais de 100 crianças, que eram vendidas por 65 dólares (cerca de 48,85 euros), além de deficientes mentais e idosos até 70 anos.

Segundo a imprensa, na província de Shanxi, que abriga a maior parte das fábricas, foram localizados 162 escravos, enquanto outros 217 foram resgatados em Henan, local de origem de muitos dos trabalhadores sequestrados e enganados.

Foram detidas 120 pessoas por participação nas redes de venda de trabalhadores em Henan e outras 25 em Shanxi, segundo a rede de televisão nacional CFTV e a agência oficial Xinhua.

A polícia de Henan lançou uma campanha de busca e captura dos sequestradores, que raptam pessoas em estações de comboios e autocarros para serem utilizadas como escravos em fábricas de tijolos de províncias vizinhas.

Os polícias de Shanxi, acusados por parentes dos escravos de permitir o funcionamento das fábricas em troca de subornos, parecem finalmente começar a colaborar na campanha.

Os menores de idade eram levados para as fábricas com promessas de bom salário e uma vida melhor, segundo o jornal Xin Beijing. Quando a estratégia não funcionava, eram drogados com sonoríferos ou empurrados à força para dentro de camionetas.

O jornal publica uma entrevista com Chai Wei, um pai que há dois meses procura o seu filho de 17 anos, tendo já visitado mais de mil de fábricas de tijolos e gasto todas as suas economias, sem nada descobrir.

Chai conta que enquanto procurava o filho pôde ver nas fábricas dezenas de meninos desesperados, que pediam ajuda.

Os escravos trabalham descalços, vestidos com farrapos, às vezes alimentados só com pão e água. São espancados se não fazem bem o trabalho ou tentam fugir, às vezes até à morte.

Chai contou que numa das fábricas viu um menor deficiente mental que contou como tinha enterrado com as suas próprias mãos duas crianças que trabalhavam com ele. Os corpos mais tarde foram descobertos pela polícia.

Fonte Diário Digital

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