União Europeia e Mercosul vão fechar negócio em Outubro

Após um longo impasse, a UE e MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mais os membros associados Chile, Bolívia, Peru e Venezuela), afirmam que é ainda possível de chegar a um acordo antes do 31 de Outubro, ligando os dois mercados, embora ainda há muito a fazer na área de agricultura. O Comissário do Comércio Externo da União e o MNE do Brasil, Celso Amorim, confirmaram a vontade de concluir o acordo numa reunião em Brasília para discutir a integração entre os dois blocos comerciais.

Com duas reuniões em dois meses, ambas as partes ainda estão num impasse na área da agricultura e bens industriais. Lamy declarou à imprensa que “Temos a ideia de colocar na prática a data em que originalmente pensámos” e Lamy respondeu que “Ainda há muito a fazer mas vale a pena colocar os nossos funcionários a trabalhar,” acrescentando que as futuras reuniões já estão agendadas.

No entanto, resta pouco tempo para resolver questões que se arrastam há quatro anos, embora ambas as partes prometeram apresentar as conclusões finais até 20 de Setembro.

No início deste mês, o Ministro das relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, declarou numa conferência de imprensa em Buenos Aires que seu país prefere um “acordo compreensivo” em Janeiro ou Fevereiro de 2005 sobre um “acordo parcial” em Outubro de 2004, dando lugar a especulações sobre um novo hiato nas negociações.

No entanto, as negociações prosseguiram na segunda-feira entre os 25 estados membros da União Europeia e MERCOSUL. Amorim declarou que ambos os lados concordam sobre os princípios básicos mas têm de concordar nos pormenores sobre como aumentar o comércio (62 bilhões de USD) entre os dois blocos.

Ambas as partes já exprimiram sua preocupação que irão perder sob novos acordos para ligar os mercados destes 29 países com 680 milhões de pessoas até 2005.

MERCOSUL quer um levantamento de barreiras impostas pela UE sobre produtos agrícolas e a União por sua vez quer acesso facilitado no MERCOSUL para a área dos serviços e a produção industrial.

Optimista, Lamy afirmou que ambas as partes “sentem que se considerarmos o que está na mesa, uma melhoria de condições para as duas partes é possível e necessário”.

2004.09.13

Hernán ETCHALECO PRAVDA.Ru BUENOS AIRES ARGENTINA

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