Mais uma Vitória Norte-Americana

Após os lamentáveis acontecimentos dos últimos dias no Iraque, em que a imprensa foi violentamente atacada e convidada a se retirar do país, vemos mais uma evidência de que os planos norte-americanos estavam sendo dificultados pela imprensa internacional.

Deixemos claro que todos os jornalistas presentes no hotel que traz o nome do estado palestino desmentiram a tese de que havia atiradores iraquianos no local. O mais provável é que a intenção tenha sido justamente expulsar os jornalistas do país.

Restam agora alguns chamados “freelancers”, pois a grande maioria dos países pediu aos jornalistas que se retirassem do país atacado, temendo nova agressão. Até mesmo a ajuda humanitária da Cruz Vermelha se retirou por considerar o território "perigoso".

De fato, os jornalistas atrapalham os planos dos Estados Unidos quando mostram a carnificina que está sendo feita por eles no território atacado. Obviamente que não se trata de militares pró-Saddam Hussein apenas, mas a população toda do Iraque tem sido covardemente massacrada durante esses cerca de 20 dias de guerra declarada. Digo guerra declarada porque não podemos esquecer que o Iraque sofre um forte embargo das Nações Unidas há mais de uma década e isso, sem dúvida, é um tipo de guerra humanitária que afeta, principalmente, a população pobre.

Agora, sem aquele monte de jornalistas “bisbilhotando” as atitudes dos aliados, os Estados Unidos poderão prosseguir com a chacina, que já estava programada logo na entrada de Bagdá, quando se ouvia falar sobre a dificuldade que iriam ter para tomar uma cidade cheia de construções civis... Sempre diziam que o sangue iria começar a ser derramado com maior intensidade após a chegada na capital.

Além de prosseguir com a matança, não me espanta se em alguns dias eles “encontrarem” armas de destruição em massa, pois até agora não foi achado nada de concreto. Se isso ocorrer, não haverá a imprensa para comprovar ou não e eles facilmente poderão forjar as tais armas que, teoricamente, deram origem à guerra, ganhando, assim, a credibilidade da população mundial ignorante. Como o próprio Saddam Hussein disse, “uma arma de destruição em massa não é algo que se esconde no bolso do paletó e sai por aí sem ninguém perceber”

Os atuais e ex-inspetores, além de autoridades competentes no assunto, dizem ser improvável a existência de tais armas químicas ou biológicas. O mundo todo paga para ver – em vidas - se os Estados Unidos encontram ou não essa "ameaça".

Tiago Zuanazzi Tomazzoni Caxias do Sul-RS, Brasil

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