Fraude Eleitoral nos Estados Unidos da América

Já antes destas eleições presidenciais nos EUA a aparição de Osama bin Laden, a ajudar nitidamente o Bush, foi suspeita, uma espécie de tentativa de convencer aqueles indecisos que ainda não foram levados pelas histórias de medo do Bush para votar no conhecido e não no desconhecido e aparentemente indeciso.

Depois das eleições, um estudo do voto declarado na saída das secções eleitorais comparado com os votos contados, basicamente não condiz. Somando dois mais dois, ficamos com o número 7. Será que o Bush manipulou os resultados e cometeu fraude eleitoral?

Por exemplo, em Ohio, o Estado que deu os 20 votos no Colégio Eleitoral que Bush precisava para ganhar a eleição, um estudo de CNN no voto declarado na saída da secção eleitoral colocou o voto feminino em 53/47% a favor de Kerry e o voto masculino em 51% contra 49%, também a favor de Kerry. A pergunta foi “Em quem é que o senhor votou?” mas seria mais pertinente investigar se o voto foi contado.

Vamos agora examinar as várias maneiras em que o partido de Bush conseguiria manipular o resultado, ganhando centenas de votos aqui, milhares por aí e dezenas acolá, até que somou aquilo que precisava. Quais então são os truques eleitorais?

Ausência de Controlo

O observador russo Aleksei Ostrovsky disse que ficou chocado por aquilo que viu. “Basta dizer, ‘Eu sou Senhor Smith’ para poder votar e a mesma pessoa poderá entrar em várias secções eleitorais, dizendo a mesma coisa e votando várias vezes”.

Votos estragados

Estes votos pertencem históricamente aos assim-chamados americanos africanos, americanos nativos e minorias étnicas, que não foram devidamente instruídos acerca de como haviam de votar. Esta população tem a tendência de votar a favor do Partido Democrata. Na média, estes votos representam 3% do total e podem ser excluídos ou incluídos no acto de contagem arbitrariamente, dependendo da decisão do Secretário de Estado no Estado em questão.

Por exemplo, na Florida em 2000, a Secretária do Estado Kate Harris decidiu arbitrariamente excluir 179,855 votos, os famosos “hanging chads (boletins mal perfurados). Valeu a pena, sim. Senhora Harris ganhou um lugar no Congresso e Senhor Bush venceu a eleição.

Em 2000 em Ohio, o voto estragado representou 1,96% do total, sendo 110.000 votos Pouco antes da eleição de 2004, o Secretário de Estado da Ohio, Kenneth Blackwell, declarou à imprensa que “a possibilidade duma eleição bem disputada com os boletins de perfuração representando o principal meio de voto no Estado, convida uma calamidade parecida com aquela de Florida”. Por isso o ultra-direitista Blackwell estava bem preparado por aquilo que viria a acontecer. Vamos ver a seguir o que ele faria.

Outro exemplo é Novo México, onde o voto estragado em 2000 representou 2,68% do voto, 18.000 votos. Bush ganhou por 11.620.

O Desafio

Em alguns Estados, incluindo Ohio, os Republicanos adotaram o Desafio, em que agentes deste Partido se posicionaram às portas das secções eleitorais e, sob leis arcaicos, tiveram o direito a desafiar o direito ao voto de eleitores singulares na fila. A intenção é bloquear a fila, fazendo que as pessoas percam a paciência e se vão embora sem votar. Evidentemente, esta prática é utilizado em áreas democratas e principalmente dirigido a americanos africanos e minorias étnicas que são facilmente identificáveis e que provavelmente irão votar a favor dos democratas (nas zonas de tendência deste Partido).

Votos Provisionais

Boletins provisionais são entregues frequentemente a pessoas que pertencem a minorias étnicas, e não o tipo de voto que será contado. Basta responder à pergunta “Você nasceu nos Estados Unidos da América?” Sim? Tem o boletim que conta. Não? Tem o boletim provisional. Os votos provisionais e de pessoas ausentes durante as eleições não são automaticamente contados – depende da vontade do Secretário de Estado do Estado em questão. Bush ganhou em Ohio por 136. 483 votos mas faltaram contar ainda entre 175.000 e 250.000 votos.

Não deixar os eleitores votar

Santiago Juarez, do “Programa Cidadãos Fiéis”, de Novo México, denunciou que muitos eleitores foram proibidos de votar em várias secções. Em Ohio, na estação de Glenwood Elementary em Toledo, mais que 200 pessoas foram-se embora sem votar porque abriu tarde e depois ficou sem canetas nem lápis. Evidentemente, estava situada num precinto maioritariamente democrata.

Pressão sobre os eleitores antes das eleições

Antes da eleição, relatou o Baltimore Chronicle, “Através duma combinação sofisticada de anulação de votos, limpeza étnica de registos eleitorais, boletins de eleitores ausentes que desapareceram, máquinas que registam mal os votos, John Kerry entra nas eleições com uma défice que poderá atingir um milhão de votos”.

Em Ohio, Kenneth Blackwell tentou introduzir legislação que descontava pedidos de aquisição de voto escritos em papel que não tinha o peso exato, depois tentou descontar 35.000 boletins provisionais.

Pelo país fora, milhares de pessoas foram intimidados pelas autoridades sob legislação nova contra o terrorismo.

Manipulação de votos e resultados

Em Florida, 13 condados registaram mais votos que eleitores, estes sendo responsáveis por 39,4% do voto. Em Ohio, no Precinto de Gahana 1, Bush recebeu 6.253 votos, Kerry recebeu 1.916 e os outros, 23, totalizando 8.192 votos. Muito estranho, pois só 4.346 pessoas votaram.

Noutro Precinto em Gahana, Ohio, 4.258 votos foram registados a favor de Bush e 260 por Kerry, quando só 638 pessoas votaram.

Voto eletrônico e máquinas viciadas

De acordo com as máquinas, no Condado de Hernando, não houve votos registados. Esquisito, porque é um condado que vota a favor dos democratas e muitas pessoas foram votar.

Em Ohio, 14,6% dos votos foram através de máquinas de e-voto, susceptíveis aos hackers e à manipulação fraudulenta. Os Republicanos tinham tentado, com sucesso, impedir que houvesse um rasto de papel ligado a estas máquinas, o resultando sendo que nunca se pode verificar como foi registado um voto.

Sem trilho de papel, as muitas pessoas que disseram que clicaram em Kerry mas a máquina registou Bush, não têm fundamento nenhum para apresentarem uma reclamação.

Em Florida, que há quatro anos votou a favor dos Democratas, registou-se um aumento no voto a favor de Bush em 128% nestas máquinas, em alguns lugares foi de 400% e em Liberty County, 700%. E Kerry diminuiu por 21%, na média,. num estado democrata.

Como assim? Ohio, por exemplo, comprou as suas máquinas eletrônicas da Diebold Corporation, cujo Presidente executivo, Wally O’Dell, é Republicano, é angariador de fundos para a campanha de Bush e prometeu “ajudar a Ohio entregar os seus votos ao Presidente”. Que bom profissional esse O’Dell parece ter sido.

Menos número de máquinas em zonas democratas fez com que as pessoas desistissem de votar em frustração. Em Ohio, Blackwell suprimiu a distribuição de 2000 máquinas em áreas democratas.

Fraude clara

Em Franklin County, também em Ohio, o Procurador do Condado Ron O’Brien declarou à estação de TV 10TV que “as pessoas estão sendo pagas para registar novos eleitores”. Um homem que morrera em Fevereiro foi registado a votar e noutro exemplo, 25 aplicações foram atribuídas à mesma pessoa.

Em Chaves County, novo México, que tem uma enorme comunidade hispânica, americano nativo e americano africano, que tradicionalmente votam a favor dos Democratas, Bush venceu por 68% contra 31%. ??

Votos perdidos

Entre muitos exemplos de votos perdidos, em áreas Democratas, claro, há um condado em North Carolina onde 4.500 votos sumiram porque o computador já não tinha mais memória.

Conclusão

Para um país que mete o nariz onde não é chamado, a fazer comentários sobre as eleições em outras nações soberanas, não convence nada. De facto, depois de mais um acto de caos eleitoral, seria melhor os EUA nunca mais afirmar nada sobre qualquer processo eleitoral em qualquer parte do mundo, a não ser uma República das Bananas qualquer que tem práticas iguais.

Porém, será que a noção de Bush ganhar mais uma vez por fraude eleitoral surpreende alguém? Não muito, depois dele e seu regime ter passado quatro anos a mentirem entre os dentes. Mas por que razão é que o John Kerry desistiu tão facilmente, quando estes abusos estavam a ser cometidos? Não sabia? Não foi informado?

Será que há algo mais sinistro? Será por exemplo que há uma entidade neo-conservador supra-partidário dos Estados Unidos da América, controlado e orquestrado pelo clique de elitistas corporativos (Cheney), uma corporação cinzenta que dita a política externa e interna de Washington sem que ninguém realmente perceba quem ou o quê é?

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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