A Semana Revista

George “Eu não peço desculpas, não! Afinal peço” Bush

Na semana em que os cidadãos nos estados do sul dos EUA recebem ordens nas igrejas baptistas para votarem no bom cristão George Bush, este faz um acto cínico de calculismo político, propositadamente evitando utilizar a palavra “desculpa” pelos actos de tortura perpetrados pelas forças armadas dos quais ele é o Comandante e a seguir, utilizar esta palavra só porque foi muito criticado em não a utilizar no dia anterior, mas evidentemente não porque ele queria.

Cada vez mais parece o miúdo maldoso que colocou o hámster no micro-ondas e depois mente descaradamente para safar a sua pele. Até pede desculpa se achar que vai produzir resultados.

Um bom cristão tem a humildade suficiente para saber que errou ou que as forças pelas quais ele é o responsável máximo erraram e um homem decente simplesmente pede desculpa pelo facto. George Bush, não. Evita utilizar a palavra porque tem medo que isso poderá ter repercussões políticas e depois decide utilizar a mesma porque a não utilização poderá ter repercussões políticas. É cobardia moral.

Basicamente, George Bush dirá e fará tudo para satisfazer todos este ano, que dita o futuro do clique da elite corporativa que o rodeia e que faz a política em Washington. No entanto, poderá não ser o suficiente.

O povo norte-americano, como qualquer outro, não gosta de ser liderado por um grupo de criminosos de guerra, por assassinos em grande escala, por uma cambada de mentirosos descarados que não têm uma grama de compaixão entre eles, essa ditadura calvinista que agarrou as rédeas do poder nos Estados Unidos da América.

Por isso o povo norte-americano tem uma oportunidade muito boa para se livrar desse gang, utilizando o seu direito de votar, ou não votar. Neste momento, para muita gente, parece que qualquer candidato será melhor que o Bush, seja quem for.

Britânicos apanhados a copiarem o amo

Quem diria que o exército britânico estaria envolvida também em actos de tortura de prisioneiros? Mas é, e as autoridades sabiam destes casos há dois meses, preferindo se calar e tentar encobri-los.

Só que uma imprensa livre vira todas as pedras até que seja descoberta a verdade. Os líderes políticos têm de ter a responsabilidade pela qual foram eleitos e têm de seguir as correntes de opinião pública mundial. Torturar prisioneiros pertence aos tempos da Inquisição. Invadir países sem pretexto também.

Chacinar civis também, deitar bombas de fragmentação em áreas residenciais também, destruir infra-estruturas civis propositadamente também.

Por isso deixemos a História escrever o epitáfio dos senhores que escolheram a Guerra à Paz, dois mil anos depois de Cristo ter-nos ensinado a discutir, dialogar, democratizar. Bush e Blair não são democratas nem agem como cristãos, antes como os íncubos do Demónio, o Diabo em carne humana.

Assassínio de Akhmad Kadyrov – terrorismo e negócios

No dia em que a Federação Russa celebrou o 59º aniversário da vitória da União Sovíetica contra as forças fascistas de Hitler na Grande Guerra Patriótica, em que 20 milhões de cidadãos da URSS deram suas vidas pela liberdade da Europa e do mundo, o Presidente da Chechénia eleito no ano passado, Akhmad Kadyrov, foi assassinado por um atentado com bomba em Grozny.

Terrorismo, de certeza mas na Chechénia o terrorismo e os negócios são interligados. Isso não é uma questão da liberdade do povo checheno – a grande maioria detestam os terroristas e querem continuar a serem membros da Federação Russa. As acções de Kadyrov nos meses recentes, tentando controlar todas as áreas de governo e centralizando tudo na sua pessoa, incluindo os negócios, poderão ter soletrado a mensagem do seu fim.

Chechénia, terra do terrorismo, banditismo e negócios, há 200 anos.

Actos ditatoriais contra Cuba

George W. Bush é líder dum regime fascista. Não se encontra qualquer outra palavra por um regime que proíbe a livre circulação de pessoas e bens por razões políticas. Os cubanos que residem nos EUA não podem enviar dinheiro a familiares que pertençam ao Partido Comunista, só podem ir visitar a ilha uma vez de três em três anos e não podem enviar mais que 900 USD por ano.

Isso é liberdade e democracia?

Actos ditatoriais da UE

Afinal, do Dia da Europa, não se celebra a livre circulação de pessoas e bens na União Europeia, onde todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros, pelos vistos. Os habitantes dos dez novos estados-membros não poderão circular livremente na União durante os próximos dois anos, prazo que poderá ser alargada a mais cinco, se os membros quiserem.

O futuro dirá se foi uma boa ideia para os povos destes novos membros e ditará se algum dia a Federação Russa vai entrar…ou ficar a ver se a União se desmorona, tal como aconteceu em tentativas anteriores de unir o que nunca ficou unido. Vê-se pela atitude dos países ricos na Europa de três velocidades – rápido, médio e parado. Infelizmente, Portugal, “dirigido” pelo bando de inúteis liderados pelo desgoverno de José Barroso, o rei da incompetência e Manuela Leite, rainha do desemprego, pertence ao último grupo.

Bush altera Mapa de Estrada

Que George Bush é estúpido, todos sabem. Que é incompetente, também. Há estúpidos que podem fingir serem competentes e incompetentes que podem fingir não serem estúpidos, mas Bush não é daqueles que é estúpido dia sim, dia não.

No Sábado disse que o prazo de criar o Estado Palestiniano em 2005 é irrealista, devido à falta de acção contra a violência por Yasser Arafat. O Presidente da Autoridade Palestiniana declarou que o prazo de 2005 para a criação do Estado de Palestina era “mais do que realista”, posição ecoada pelo Primeiro Ministro, Ahmad Qorei.

Em criando o Estado de Palestina, conforme o que foi estipulado na Mapa de Estrada, haverá mais oportunidades para esforçar os dois lados a respeitarem suas responsabilidades. Adiar o que já foi decidido é prolongar o problema.

No entanto, Bush sofre de estupidez crónica e aguda. Nada a fazer. É só esperar que o eleitorado dos EUA faça o golpe de misericórdia em Novembro.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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