Apresentadas provas de prisões ilegais na Roménia e Polónia

O relator suíço Dick Marty apresentou provas de prisões ilegais na Roménia e Polónia por parte dos EUA , instaladas com o conhecimento das autoridades dos dois países, onde estiveram detidos prisioneiros a cargo da CIA, entre 2002 e 2005, de acordo com um relatório oficial do Conselho da Europa.

 No documento é referido ainda a existência de um pacto entre a NATO e as autoridades norte-americanas, que lhes permitia realizar operações ilegais na Europa.

 Marty sugere ainda a possível existência de centros de detenção semelhantes na Tailândia e no Reino Unido.

A Itália, a Alemanha e a Macedónia também são visadas como países que terão dificultado as investigações parlamentares e judiciárias sobre a existência de voos ilegais de transporte de prisioneiros da chamada «guerra ao terrorismo», por parte da CIA.

Marty assegura no relatório que os EUA e países aliados da NATO firmaram um acordo secreto, em Outubro de 2001, que permitia à CIA manter aprisionados na Europa «detidos de alto nível», noticia a edição electrónica do jornal espanhol El País.

Relativamente à Roménia, é sublinhado que os serviços secretos deste país colaboraram de forma especial com os norte-americanos na criação de uma chamada «zona segura», no sudeste do país, onde os chegavam voos de forças dos EUA, a quem era permitido o uso das instalações aí implantadas.

«O que antes se tratava de uma série de alegações está agora provado: grandes quantidades de pessoas foram sequestradas de vários lugares de todo o mundo e transportadas para países onde foram perseguidas e onde se sabe que a tortura é uma prática comum», referiu Marty.

«Tivemos a confirmação, clara e detalhada, das nossas fontes, com origem nos serviços secretos norte-americanos e nos países envolvidos, que aqueles dois país acolheram centros secretos de detenção no quadro de um programa especial da CIA, elaborado pela administração norte-americana após 11 de Setembro de 2001», garantiu.

O responsável refere que diversas pessoas foram «detidas arbitrariamente, sem nenhuma acusação precisa e sem supervisão judicial, tendo-lhes sido negada a possibilidade de se defenderem».

 Fonte Diário Digital

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