EUA isolados

Colin Powell insinuou mais uma vez hoje que os Estados Unidos da América poderão lançar um ataque armado contra o Iraque fora da ONU se for preciso. Tal ataque seria ilegal de acordo com a lei internacional e seria contra a Carta das Nações Unidas.

Esta posição, que está a criar uma onda de revolta pelo mundo fora, que envolve milhões de pessoas, por causa da sua ilegalidade, inconstitucionalidade, arrogância, prepotência e beligerância, já conseguiu provocar a formação dum bloco sólido entre a Federação Russa, a China, França e Alemanha.

O MNE chinês afirmou hoje no Pequim que a posição do seu país é idêntico àquela da Federação Russa, já seguida pela França e Alemanha. No entanto, o Reino Unido, que estava colado à posição dos EUA, parece estar a mudar de atitude, de certeza por causa da onda de revolta interna contra a posição bélica do Primeiro Ministro Anthony Blair, quer no seu próprio partido (Trabalhista, ou seja, Novos Trabalhistas), quer entre o povo britânico em geral.

O projecto do Reino Unido providencia ao Iraque uma resolução que permite a Bagdade uma última hipótese para o desarmamento pacífico dentro dum prazo reduzido de tempo.

Entretanto, o Chefe do Estado Maior do Exército dos EUA, General Thomas Franks, disse hoje ao Presidente do seu país, George W. Bush, que o plano de ataque visa um lançamento maciço de 3,000 bombas e mísseis inteligentes contra alvos estratégicos iraquianos nos primeiros 24 horas, antes que uma invasão seja lançada da Turquia, ao norte, e a partir de Kuwait e Arábia Saudita, ao sul.

Os EUA estão isolados. O governo é arrogante, mas sabe que está em falta. A gula pelos recursos naturais do Iraque poderá até fazer com que este país viole a lei internacional e comete crimes de guerra e talvez contra a humanidade, dando lugar à hipótese muito plausível do George Bush se sentar no banco dos réus no tribunal internacional da Haia, se for ultrapassada aquela questão da legalidade dos americanos serem julgados neste tribunal.

PRAVDA.Ru

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