Crimes de Guerra em Fallujah

George Bush não desperdiçou um segundo. No primeiro dia depois de ter recebido uma palmada nas costas de metade do seu eleitorado, seus aviões militares estavam a atacar “insurgentes” em Fallujah – um rapaz de 3 anos cuja perna esquerda teve de ser amputada.

George Bush gosta de ganhar corações e mentes por esta sua versão muito peculiar de liberdade e democracia – mas será que os cidadãos de Fallujah estão gratos a ele? Enviaram uma carta à ONU no dia 31 de Outubro, da autoria de Kassim Abdullsattar al-Jumaily, Presidente do Centro de Estudos para Direitos Humanos e Democracia.

Na carta, ele denuncia “os actos diários de genocídio dos EUA no Iraque” e afirma que “os aviões militares norte-americanos estão a deitar bombas poderosas sobre a população civil, matando e ferindo centenas de pessoas inocentes. Seus tanques atacam a cidade com artilharia pesada”.

Os Estados Unidos da América desencadeou este ataque durante a celebração de Ramadan e durante um processo de negociação entre a resistência Iraquiana e as autoridades, na ausência de quaisquer acções militares pelos primeiros.

“Na noite de 13 de Outubro, um bombardeamento norte-americano destruiu 50 casas e seus habitantes. Será esse um crime de genocídio ou uma lição de democracia?”

Ninguém fala dos crimes de guerra dos Estados Unidos da América no Iraque porque as corporações que controlam a média são compradas.

A carta levanta a questão de reparações, se Washington irá pagar compensação para as pessoas que perderam familiares ou propriedade. Falando dum mundo de dois pesos e duas medidas, Kassim Al-Jumaily afirma que o alvo “cinzento” de Abu Musab al-Zarqawi” é mais um pretexto utilizado por Washington de justificar sua guerra, de justificar suas acções criminosas.

“Os cidadãos de Fallujah podem garantir que esse homem nem está nesta cidade e provavelmente nem sequer no Iraque”.

“Muitas vezes o povo em Fallujah pediu que se alguém vir al-Zarqawi, deveriam matá-lo. Nós sabemos que ele não passa dum fantasma criado pelos Estados Unidos”.

“Chamamos à ONU e aos líderes do resto do mundo de exercer pressão sobre o governo de Bush para que termine seus crimes contra Fallujah e para retirar suas tropas da cidade”.

“A nossa ofensa é que não demos as boas-vindas às forças de ocupação, o que é nosso direito de acordo com a carta da ONU, sob a lei internacional e de acordo com as normas da humanidade”.

Pois, e bem dito. O problema aqui é que George Bush e seu regime de assassinos e criminosos de guerra querem lá saber da lei internacional, querem lá saber do direito, querem lá saber da comunidade internacional e querem lá saber dos civis iraquianos.

São assassinos. E como os repteis que são, têm sangue frio, sem sentimentos nem ressentimentos.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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