Colômbia hoje

Já na presidência, as privatizações têm sido sua obra de governo. A TELECOM, empresa estatal rentável, com um sindicato forte em luta contra sua privatização, foi fechada. Quando os trabalhadores foram ao trabalho, a empresa não existia, não houve nenhuma comunicação nem diálogo. Centenas de empresas foram privatizadas e milhares de trabalhadores ficaram sem emprego.

A “segurança democrática” apresentada como o maior êxito do governo paramilitar se converteu num flagelo para os lutadores pelos direitos humanos, sindicalistas, cooperativistas, camponeses e indígenas. A cada semana se fazem detenções em massa ao estilo nazista. Detêm a centenas de pessoas acusando-as de ser apoio da guerrilha, as mostram pela televisão, e os jornais apresentando-as como o triunfo de Uribe sobre a subversão, como o êxito da segurança democrática. Com poucos dias, têm que deixá-las em liberdade, pois o único delito que cometeram foi estar, nesse momento, onde ocorreram as prisões massivas; isso sim, aos dirigentes que participaram em lutas populares, os deixam na prisão como suspeitos de terrorismo.

Os cárceres estão repletos de pessoas. Entre elas se encontram dezenas de mulheres do campo e da cidade, dirigentes sindicais, indígenas, em condições inumanas, pagando pelo delito de lutar por seus direitos.

Com esta montagem de mentiras, Uribe vai aos EUA a pedir milhões de dólares para acabar com a insurgência. Imediatamente se lhes fornecem, desde que persiga a todo aquele que esteja lutando em qualquer organização social, pois, segundo os pais do terrorismo na Colômbia (Bush e Uribe), quem luta é um terrorista e há que aniquilá-lo.

A seguir, um exemplo da aplicação que o governo do narco-paramilitar Uribe Vélez dá aos dólares de seu amo do Norte:

A 26 de maio de 2004 ocorreu um fato sem precedentes na história do país. Nesse dia os indígenas Wayuu declararam guerra a Uribe. Vejamos por que: “...fugimos ao vermos aproximarem-se os paramilitares. Eles cortaram a cabeça da avó com a motosserra e incineraram a duas meninas de poucos anos, dentro da cabina da camionete envolta em chamas. Seus gritos nos dilaceraram a alma, porém escondidos não pudemos socorrê-las. Eles picaram vivos aos 12 indígenas Wayuu capturados, meteram os pedacinhos em bolsas e as jogaram ao mar...” (Relato de sobreviventes ao ataque paramilitar a Bahía Portete, na Alta Guajira colombiana, no dia 18 de maio de 2004, à mídia venezuelana, ao chegarem, em sua fuga, a Venezuela.)

Por isso, segundo Juchi, um porta-voz da mesma comunidade Wayuu, que agora se encontra deslocado na Venezuela, não há outra saída para os Wayuu senão que ir à guerra contra o regime.

Em contrapartida à política fascista do atual governo, as FARC chamam aos oficiais e suboficiais a buscar uma solução para o conflito. Dizem:

“Chamamos aos Oficiais da força pública, que amam de verdade a Colômbia, que juraram fidelidade à causa bolivariana e que desejam a solução política do conflito para que dialoguemos, como o propôs o Comandante Manuel Marulanda.”

Também conclamam a todo o povo colombiano a construir um novo Governo que conduza o País para a soberania e a justiça social.

Juan Leonel e Luis Pedro Setembro de 2004

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