Orkut combate a divulgação de imagens com pedofilia

Nesta quarta-feira (2), o novo sistema de bloqueio que o Google implantou no Orkut para combater a divulgação de imagens com pedofilia não elimina a possibilidade de carregamento de fotos inéditas com esse tipo de conteúdo. O sistema faz parte das medidas anunciadas pela empresa para se adequar ao TAC (termo de ajustamento de conduta), assinado junto ao Ministério Público Federal, segundo A Folha Online.

A empresa se comprometeu a criar um banco com imagens de conteúdo ilícito que circula na rede. As fotos serão tratadas e codificadas, e uma vez registradas no banco de dados da empresa, não poderão ser carregadas no Orkut novamente.

O Google trabalha com a hipótese de que grande parte do número de fotos disponíveis na internet são cópias, gerando repetições. Imagens inéditas não seriam reconhecidas pelo sistema -- de acordo com a empresa, o mecanismo bloqueia 70% das tentativas de upload com esse tipo de conteúdo.

O presidente da empresa no Brasil, Alexandre Hohadgen, disse ainda não saber quantas pessoas serão necessárias para o estabelecimento do sistema. "Iremos trabalhar para manter os prazos de acordo com a demanda do Ministério Público. Isto pode exigir 500 pessoas ou dez. É volátil", disse ele, em entrevista coletiva realizada na sede da empresa, em São Paulo.

No primeiro semestre deste ano, a Safernet recebeu 27,8 mil denúncias sobre pedofilia na internet no Brasil, uma alta de 92,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Especificamente no Orkut foram 22,7 mil denúncias --81,6% do total--, uma alta de 89,2% em relação a 2007.

Diariamente, a ONG encaminha ao Google 500 perfis suspeitos de prática de abuso contra crianças e adolescentes.

Entre as medidas estabelecidas para combater a pedofilia no Orkut estão também a manutenção dos registros de acessos e os números IP (protocolo de internet) dos usuários do Orkut por 180 dias; disponibilizar com mais agilidade evidências relacionadas a crimes contra crianças e adolescentes para as autoridades brasileiras, mediante ordens judiciais; e o desenvolvimento de uma ferramenta de cooperação com a SaferNet.

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