Nossa hora

Nunca tive, nem pretendo ter, a famosa visão profética. Mas não é difícil ver que afinal, o império norte-americano sofreu as consequências da crise político-econômica que afetou o mundo. Que as grandes fábricas passam por dificuldades, o desemprego aumenta dia-a-dia, e Obama tenta minimizar afirmando que este incomodo é bem menor do que a quebra de 29, nada disso nos convence.

No dicionário americano não consta a palavra perder. Por exemplo, os jornais norte-americanos não estampam nas suas manchetes que os Estados Unidos perderam o jogo de futebol para a Itália. Dizem taxativamente que o time americano não conseguiu suplantar o forte time italiano.

Mas agora o panorama mudou. Quando Donald Trump tem os seus cassinos no abismo, podemos calcular como vai Las Vegas e outros paraísos do jogo. Conhecido como um dos mais poderosos vícios, o americano está sem dinheiro para jogar. Os funcionários que trabalham nos cassinos estão sendo demitidos em massa. A Chrysler e a GM continuam ameaçadas de colapso total. O segundo maior banco americano, o JPMORGAN, acaba de demitir 12 mil funcionários e o resto do sistema amarga prejuízos sérios. Mas cassinos no vermelho é sinal de derrota.

Ora, dirão muitos, o jogo nunca fez bem ao homem. Estão certos, mas se esquecem do vício da droga. Qual vai ser a atitude do dependente, se o traficante não vende fiado? O crime vai aumentar, e muito.

Há vinte e seis anos os Estados Unidos não têm resultados piores, com o PIB negativo em 6,2%.

O euro, uma esperança da economia mundial, começa a dar sinais de fraqueza séria. A Comunidade Européia também está sofrendo.

Embora tudo faça parte de um todo, Brasil, Rússia, China, Coréia do Sul e Índia, ainda tem forças capazes de suplantar o mau momento que o mundo passa.

Está mais do que na hora de unirmos nossas forças. Somos ricos e a crise não nos atingiu seriamente. Os balanços da Vale do Rio Doce, Petrobras e Banco do Brasil atingiram níveis excelentes, nunca visto antes. Isto ajuda muito.

Afinal, chegou a nossa hora. Também temos problemas graves, mas não se comparam com o desastre atual, no mundo.
Jorge Cortás Sader Filho

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