A Sarkozy aumentaram salário 140 por cento

Os parlamentares franceses aprovaram na noite de terça-feira (30) o aumento do salário do presidente Nicolas Sarkozy de 8.457 euros (cerca de 12,2 mil dólares) para 19.331 euros por mês. A decisão foi duramente criticado na quarta-feira pelos franceses por se dar um aumento salarial de 140 por cento, enquanto grande parte da população se aflige com os preços do pão, do leite e do queijo, segundo Reuters.

O momento da medida não poderia ser pior, pois os sindicatos já estão indignados com ameaças a antigos privilégios do funcionalismo público, e as famílias trabalhadoras se queixam da carestia.

"O efeito é desastroso", disse o deputado socialista Arnaud Montebourg ao jornal Le Monde. "É um insulto à pobreza", afirmou.

Dados divulgados na quarta-feira mostraram que o preço recorde do petróleo e o forte aumento no custo da cesta básica levaram a confiança do consumidor a seu menor nível nos últimos sete meses.

"A ligação entre o aumento na renda do presidente e a estagnação do poder de compra dos franceses é especialmente chocante", disse outro deputado socialista, Jean Launay.

O "Les Guignols", popular programa de sátira política com marionetes, não perdeu tempo. Mostrou o presidente de óculos escuros e procurando uma casa de luxo na Córsega, ilha mediterrânea onde ele acaba de passar dois dias.

 Questionado sobre a conveniência do aumento nesta hora, o boneco de Sarkozy responde: "Agora é um grande momento, se eu encontrar o terreno para uma mansão hoje e começarmos as obras de construção, ela estará pronta até o verão."

O próprio Sarkozy disse a jornalistas na Córsega que ganhava mais como ministro do Interior, e sugeriu que seus antecessores complementavam sua renda usando o orçamento da presidência. "Eu só quis introduzir alguma transparência. Até agora, o presidente da República estabelecia seu próprio salário", disse ele ao Le Monde.

Na sátira do "Les Guignols", o primeiro-ministro assina o cheque para pagar Sarkozy, mas faz um pedido: "Dá para segurá-lo? É que as coisas estão um pouquinho apertadas atualmente..."

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