Futebol: Vencedor da Penta para Portugal

Felipão está confirmado como seleccionador nacional da equipa A de Portugal a partir do próximo dia 1 de Janeiro. O negócio foi fechado ontem a tarde por via telefónico e foi confirmado por Acaz Felleger, assessor do treinador brasileiro, vencedor da última Taça do Mundo.

O valor do contrato é calculado em 150,000 Euros por mês, enquanto o treinador adjunto e preparador físico irão receber 25,000 cada. Ainda não se sabe por certo quem serão, mas acredita-se que possam ser os brasileiros Flávio Murtosa e Paulo Paixão.

O contrato tem validade até Julho de 2004, coincidindo com o fim do Campeonato de Europa, a realizar em Portugal e o que naturalmente será o primeiro objectivo do novo treinador. Ao contratar Felipão, o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, renegou na promessa que usou como lema na sua campanha de reeleição ainda este ano, que “O próximo treinador será português, porque português é melhor”.

O que espera Felipão é uma imprensa implacável e um país fanático pelo futebol, com uma sede de vencer uma competição, o que nunca aconteceu, apesar de Portugal ter produzido jogadores muito acima da média e de ter formado equipas de futebol que vão muito mais longe do que era de esperar, dado as dimensões do país.

O que lhes falta, sempre, é a finalização e a humildade de arregaçar as mangas e de trabalhar em grupo. Portugal saiu do Mundial de Japão/Coreia pela porta de trás, após dois jogos lamentáveis e no meio de rumores que tinha havido sérios problemas entre o grupo de jogadores no balneário. A “Geração de Ouro” que venceu o Mundial de Juniores em 1990, nunca mais se vingou em campo.

Em Portugal espera-se que o rigor, disciplina e capacidade de trabalhar que Scolari trouxe à selecção nacional do Brasil, vencendo o Mundial duma forma convincente depois de uma série de medíocres resultados irá trazer para Lisboa o que a maioria da população cobiça mais: um Campeonato.

Scolari baseia a sua reputação numa vasta experiência que o levou ao Meio Oriente, onde orientou equipas na Arábia Saudita e Kuwait, Japão e Brasil, onde nasceu em 11 de Setembro de 1948. Trabalhou no Grémio, Palmeiras (Campeonato paulista de 2000) e Cruzeiro (Copa dos Campeões 2000, Módulo Azul 2000, Copa Toyota Libertadores 2001, Copa Mercosul 2000) antes de vencer a Copa América em 2001 e a Copa do Mundo no Japão/Coreia, 2002, com a selecção nacional brasileira.

Do Felipão espera-se magia, mas não é bruxo. Depende não só dele mas em toda a selecção de Portugal, os dirigentes e o clima à volta da equipa.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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