Angola enfrenta pandemia de Covid-19 e corrupção

Angola enfrenta pandemia de Covid-19 e corrupção
Luanda, 23 jan (Prensa Latina) O confronto com a Covid-19 e o binômio corrupção e impunidade se destacaram na agenda política de Angola durante a semana que termina hoje.
Na opinião dos deputados da Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), a falta de probidade na gestão dos recursos públicos, bem como a proliferação de ilegalidades sem a devida punição, são sérios obstáculos à boa governança aqui e devem ser combatidos incansavelmente.
Por iniciativa do grupo parlamentar do MPLA (partido no poder), a questão foi escolhida para o primeiro debate mensal da atual legislatura, com o objetivo de envolver todos os setores e instituições sociais na luta contra a corrupção.
A deputada Luísa Damião, vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), destacou a necessidade de trabalhar continuamente na moralização da sociedade; 'a luta contra a impunidade e a corrupção deve envolver toda a sociedade, com determinação, senso de justiça e a imparcialidade necessária', disse ela.
Segundo ela, é essencial que a Procuradoria Geral continue adotando as medidas pertinentes diante desses flagelos, que causam muitos danos econômicos e sociais.
Segundo a deputada Arlete Cihipindo, a impunidade é um escândalo e hoje a sociedade acusa muitos funcionários de terem desviado grandes somas de dinheiro do tesouro público, quando há cidadãos morrendo nos hospitais por falta de remédios.
Por sua vez, o Bureau Político do MPLA na sexta-feira encorajou o executivo a continuar as medidas para combater as ilegalidades e mitigar o impacto negativo da pandemia Covid-19 na vida das famílias e das empresas.
O comunicado final da reunião destacou a satisfação do órgão partidário pelo debate realizado na Assembleia Nacional, ao colocar a questão da impunidade no centro da atenção pública em um contexto marcado por vários desafios, inclusive aqueles relacionados à ameaça do Covid-19.
Até agora, Angola tem 19.269 casos confirmados, incluindo 452 mortes, 17.223 casos recuperados e 1.594 casos ativos, de acordo com a comissão multissetorial de prevenção e luta contra a doença.
Às 00:00 horas locais de domingo, 24 de janeiro, o país suspenderá as conexões aéreas regulares com Portugal, Brasil e África do Sul devido à circulação nesses territórios de novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que aumentam a capacidade de infecção do Covid-19.
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