Março 17: Paralisação Cívica antineoliberal

A Paralisação cívica do 17 de março será uma mobilização anti neoliberal e em apoio de um Rol de reclamações mínimo que deve ser negociado com o governo do senhor Santos.

Por Horacio Duque Giraldo

Todos à paralisação e ao protesto para exigir soluções aos agudos problemas sociais que afligem a milhões de colombianos.

Os recentes informes sobre o desemprego em Colômbia indicam a continuada deterioração das condições de vida de milhões de colombianos. De cada 100 pessoas em capacidade de trabalhar, 12 não tem emprego, segundo o dado do Dane. No entanto, as coisas são piores, pois o seguro-desemprego se coloca em cifras superiores. Acrescente-se ao anterior que de cada 100 empregos quase 70 se encontram na informalidade [vendedores ambulantes, vendedores de minutos e outros ofícios sem as condições normais de um trabalho].

O aprofundamento do modelo neoliberal, a crise econômica, fiscal e a generalizada corrupção da casta política são os processos que alavancam a grave situação social de milhões de colombianos pressionados a realizar diversas ações de inconformidade e protesto massivo.

Não obstante que o neoliberalismo fracassou globalmente, em Colômbia a elite dominante insiste em aprofundá-lo mediante outras formas de acumulação vinculadas com o extrativismo mineiro, o agronegócio, as privatizações, o consumismo e os cortes no gasto público, que têm sido focalizados em subsídios sociais.

A crise econômica expressada na queda do PIB, o desabamento das rendas petroleiras, a quebra da indústria [como efeito da enfermidade holandesa], a rampante desvalorização, o déficit comercial e a inflação converteram a economia num inferno.

Sem rendas fiscais certas, todos os planos previstos se orientam a cortes massivos do gasto público social, ao corte dos salários e à reforma tributária para incrementar o IVA.

A que continua intacta é a corrupção das redes politiqueiras santistas [e uribistas] que assaltam sem medida os bens públicos. Reficar, Ecopetrol, o ICBF, são emblemas desta investida delinquente dos grandes maiorais do oficialismo.

Este é o contexto que justifica e impulsa a mobilização social e popular prevista para a quinta-feira 17 de março.

Se trata de uma paralisação de 24 horas, pacífica, pluralista e democrática.

Será uma explosão anti neoliberal que congrega os danos contra múltiplos setores da sociedade.

A mobilização em curso exige direitos essenciais dos colombianos, tais como:

  • Um incremento justo dos salários.
  • Erradicação da corrupção no Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar/ICBF, convertido pela máfia dos Char de Barranquilla numa caverna de quadrilheiros, responsáveis diretos pela fome e morte de centenas de crianças Wayuu da Guajira.
  • Suspender a venda de Isagen e rechaçar qualquer privatização das empresas do Estado, como a projetada alienação de Ecopetrol.
  • Esclarecimento do descomunal roubo de Reficar e castigo exemplar a seus autores, como é o caso do Ministro Cárdenas e do Presidente Echeverri de Ecopetrol.
  • Solução dos graves problemas de Electricaribe.
  • Solução dos difíceis problemas de água potável em Cali, Neiva e outros municípios.
  • Solução dos problemas de Transmilenio em Bogotá e início da construção de primeira linha do Metrô na Capital.
  • Solução da aguda crise fiscal da Universidade do Tolima e outros centros de educação superior à beira do fechamento.
  • Rechaço do modelo neoliberal.

Há que participar massivamente no protesto de 17 de março.

O mesmo é justo e legítimo

 

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