Golpe de Estado militar

A primeira ministra de São Tomé e Príncipe, Maria das Neves, foi presa juntamente com membros do seu governo por forças leais ao Major Fernando Pereira, “Cobo”, Chefe do Centro de Instrução Militar.

Dionísio Dias, Presidente do Parlamento, Fernando Daqua, o Ministro de Defesa e Rafael Branco, Ministro para Recursos Naturais, também estão presos, embora o Presidente Fradique de Meneses está ausente do país, em visita à Nigéria.

Os militares controlam já o aeroporto, o Banco Central, as estações da TV e da Rádio e o Banco Internacional. Neste momento as ruas da capital, São Tomé, estão tranquilas, mas ouve-se rajadas esporádicas de metralhadora e de RPG (09.00 MSK, quarta-feira). Fontes hospitalares afirmiram à Pravda.Ru que não há vítimas mortais nem feridos.

O golpe foi condenado por Joaquim Chissano, Presidente da União Africana, que exigiu que os militares devolvem o poder às instituições eleitas. Portugal também condenou o golpe e está a preparar uma medida para levar à Comunidade de Países de Expressão Portuguesa, para que haja uma condenação conjunta.

Na base deste golpe de estado, há meses de descontentamento popular não sobre o futuro uso do dinheiro que provirá da exploração de petróleo (razão citado pelas fontes internacionais) mas devido à corrupção deste governo dirigido por Maria das Neves.

Leonor Maria Martins PRAVDA.Ru SÂO TOMÉ

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