Morte no Estabelicimento Prisional de Lisboa

Marco Santos, tudo parece indicá-lo, foi assassinado na cela disciplinar poucos minutos depois de lá ter entrado, faz mais de um ano. A família denunciou as evidências que a fizeram supor isso mesmo e foi-lhes dito que a justiça funcionaria.

Porém, não funcionou. A convicção de que houve homocídio é hoje mais forte do que era na altura em que foi mostrada uma cassete com o filme do cadáver do Marco Santos. Mas a justiça portuguesa parece não saber (ou não querer) encontrar o caminho capaz de tirar teimas.

Será possível haver dúvidas sobre o que se passou nesses escassos e fatídicos minutos no EPL? Será impossível apurar a verdade? Está a família do Marco Santos, pelo facto de ser pobre e sem influência, a ver morta a sua confiança na justiça em Portugal? Ou será isso alguma condenação implícita para quem não pode pagar as influências dos advogados influentes?

A vida humana pesa-se pelo estatuto social dos portugueses?

Para esclarecer todas estas questões, a ACED tomou a iniciativa de pedir aos grupos parlamentares e à comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República que organizassem uma comissão parlamentar de inquérito que seja capaz de por a nu o que impede que a justiça seja feita, neste caso como em muitos outros que sabemos acontecerem, sem que as famílias procurem justiça – eventualmente magoadas com as vítimas da violência prisional em Portugal, eventualmente com medo de represálias, eventualmente sem confiança na justiça.

SOS Prisões

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