Mensagem do Bloco de Esquerda sobre crimes cometidos por políticos em Portugal

O presidente da Câmara de Águeda, Castro Azevedo, suspendeu o mandato e foi ao Ministério Público da comarca de Águeda, depois de chamado para interrogatório pela suspeita da prática de crimes de peculato e corrupção. Na origem dos alegados crimes estarão bens duplamente facturados à Câmara de Águeda pela empresa do deputado do PSD António da Cruz Silva – a Unicola, Indústria de Colas Centro Lda., com sede na freguesia de Travassô, Águeda – que atingiam valores mensais entre os 3491 e 3990 euros.

Hoje, a Polícia Judiciária revistou a casa de Cruz da Silva, também dirigente do PSD/Águeda e conselheiro nacional do PSD, em busca de documentação que provasse práticas ilícitas entre o empresário e a autarquia. Percebe-se agora o silêncio e a discrição do PSD sobre o escândalo de Felgueiras. O clientelismo, a corrupção, o encobrimento e a impunidade são as tradições nacionais predominantes nas relações entre responsabilidades político-partidárias, exercício de cargos públicos e fiscalização de mandatos e contas públicas. Ferreira Torres (PP) em Marco de Canevezes, Fátima Felgueiras (PS), em Felgueiras, e agora as suspeitas sobre a dupla Castro Azevedo/Cruz da Silva (PSD), em Águeda, apresentam-se como a ponta de iceberg de um arco político e de gestões locais representativos daquelas tradições. O sistema político português já deu demasiados sinais de que uma operação mãos limpas é urgente. E, contra todos os apelos à contenção que o primeiro-ministro possa fazer, ela é cada vez mais inevitável.

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