Bush, o Senhor da Guerra e Tory Blair

George W. Bush e Tony Blair estão prestes a cometer o erro do milénio, nomeadamente o lançamento de um ataque ilegal contra uma nação soberana, contra as normas da lei internacional, contra o consenso de opinião pública e sem qualquer razão, senão que julgaram mal o clima de opinião pública, foram longe demais e não souberam voltar, usando os devidos canais diplomáticos.

Arrogância Criminosa 2, Diplomacia e Debate 0, é o resulto desta charada horrorosa, que irá embrulhar o mundo em décadas de desespero, enquanto um ciclo de violência sem precedentes fica fora de controlo. Estes dois protagonistas estão prestes a dar ao terrorismo internacional o seu maior apoio, enquanto a população do mundo começa a questionar se há qualquer diferença entre a matança de centenas de civis inocentes em Bagdade por aviões de guerra norte-americanos ou centenas de civis inocentes sendo projectado através das montras das lojas no centro de Nova Iorque ou Londres, ou até Lisboa ou Madrid.

José Barroso, Primeiro Ministro de Portugal, conseguiu, nas palavras de Ferro Rodrigues, líder do maior partido na oposição, o Partido Socialista, “colocar Portugal no mapa do terrorismo”, com o seu apoio sem reservas à posição de Washington no evento de uma guerra. Na Espanha, o Primeiro Ministro José Maria Aznar foi mais longe, declarando que irá enviar tropas para participar numa guerra, isso depois de ter visto milhões de cidadãos espanhóis manifestando-se contra a guerra em Madrid e Barcelona.

A população do mundo não quer esta guerra. O sentimento colectivo foi admiravelmente resumido pelo Vaticano, cujo porta-voz, Joaquin Navarro-Valls, afirmou ontem que “Os EUA assumem uma responsabilidade grave perante Deus e perante a História”.

A tamanha força de aversão pública contra este acto criminoso e assassino é evidente na posição difícil de Tony Blair na Câmara dos Comuns na terça-feira a noite, quando 217 dum total de 659 deputados votaram contra a guerra, a grande maioria destes do seu próprio partido, Labour. Tony Blair pode agora contar no apoio total do maior partido de oposição, o Partido Tory, pelo que talvez queira mudar o seu nome de Tony para o Tory Blair.

Os canais de diplomacia não foram usados, a Organização das Nações Unidas foi relegado ao estatuto duma Madre Teresa global. Bush, o Senhor de Guerra, Tory Blair e os nojentos sicofantas que, como prostitutas, trocam os princípios de diplomacia por dólares, mataram qualquer esperança de que a humanidade tenha evoluído para um estado superior de civilização.

Bush, o Senhor de Guerra, Tory Blair, Barroso, o Brigão e Aznar, o Aniquilador entrarão nos anais da história como o quarteto que enfiou uma faca definitivamente na diplomacia internacional, o que irá permanecer na mente colectiva da humanidade por muito tempo. Este quarteto sentir-se-ia mais a vontade na caverna de Jabba, the Hutt do que no edifício das Nações Unidas em Nova Iorque, cuja imagem ajudaram a conspurcar definitivamente.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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