BLOCO REJEITA A UNIDADE NACIONAL PARA A COLONIZAÇÃO DO IRAQUE

Ao congratular-se com a partida dos soldados da GNR para o Iraque, o primeiro ministro entendeu declarar que, uma vez tomada a decisão de enviar tropas pelo governo e pela Assembleia, era indispensável a total unidade nacional apoiando tal decisão. Nas suas declarações afirmou mesmo que "exigia" solidariedade nacional.

Para além do Bloco de Esquerda não reconhecer ao primeiro-ministro qualquer autoridade para fazer exigências de silêncio à oposição, deve ser esclarecido que esta afirmação se baseia numa falsidade. A Assembleia não aprovou o envio de tropas nem foi chamada a votar sobre tal assunto. De facto, só o Bloco exigiu que o governo trouxesse a debate uma declaração de guerra ao Iraque, uma vez que Durão Barroso se alinhou na cimeira dos Açores com a coligação Bush-Blair e lhes forneceu apoio logístico para a ocupação do Iraque. Mas esse debate não teve lugar. A Assembleia limitou-se a votar, há poucos dias, uma moção de solidariedade com a política do governo, com os votos contra do Bloco e de parte das oposições, excepto o PS.

O Bloco de Esquerda não faz parte da "Unidade Nacional" de apoio à política de ocupação ao Iraque. A partida dos soldados portugueses é uma irresponsabilidade que transforma estes homens em carne para canhão para uma ocupação que visa defender interesses económicos e estratégicos que nada dizem aos portugueses e contra os quais estes se manifestaram de forma clara.

Bloco de esquerda

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X