Vírus da Raiva de cão já não se registra em Portugal

A contaminação pelo vírus da Raiva de cão já não existe em Portugal , segundo afirmaram fontes oficiais e passou em direcção a França, onde pode ter contagiado 177 pessoas, noticia a agência Lusa.

De acordo com o Correio da Manhã, o cão com raiva transformou-se num foco de propagação desta doença mortal em França, onde as autoridades aguardam o resultado das análises de mais de 170 pessoas, entre as quais uma menina de 12 anos que foi mordida por uma cadela, supostamente infectada por aquele cão.

«Embora não seja possível determinar com rigor quais os cães que em Portugal poderiam ter estado em contacto com o cão francês (...), e face à total ausência de notícias de casos suspeitos em Portugal (...) configura-se praticamente impossível que o referido cão tenha transmitido a doença a animais Portugueses», afirma o Ministério da Agricultura, em comunicado divulgado.

A Direcção Geral de Veterinária (DGV) recebeu das autoridades francesas uma informação relativa aos resultados de um inquérito epidemiológico efectuado a propósito do cão francês que contraiu raiva após contacto com um outro cão que terá efectuado uma viagem a Marrocos, onde adoeceu.

«De acordo com os resultados apurados no inquérito epidemiológico, o cão que viajou para Marrocos teria estado de passagem por Portugal durante o mês de Outubro de 2007, não tendo permanecido no território nacional mais de três dias», adianta o ministério da Agricultura.

A raiva é uma doença contagiosa de elevada mortalidade que se transmite ao Homem sobretudo através da mordedura dos cães doentes, mas em Portugal a doença é considerada oficialmente erradicada desde 1956.

O Ministério da Agricultura salienta que os serviços veterinários portugueses têm mantido uma campanha de vacinação anual obrigatória, sistemática desde 1926, e que foi a eficácia dessas campanhas que permitiu erradicar a doença.

Em Portugal existe ainda a obrigatoriedade do registo e licença para todos os canídeos, sendo que a prova de vacinação anti-rábica é um dos requisitos para a emissão da licença, e também um programa de controlo sobre as populações de cães errantes e assilvestrados que é executado pelas Câmaras Municipais.

Durante o ano passado foram vacinados, na campanha anual obrigatória, cerca de 335.000 cães, aos quais deve acrescer cerca de 526.000 animais que são vacinados em consultórios particulares.

«O trânsito dos cães em território nacional e a circulação internacional estão estritamente dependentes da validade da vacina contra a Raiva», adianta o ministério.

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