A RENOVAÇÃO COMUNISTA e a batalha política das legislativas de 20 de Fevereiro

Em termos institucionais é fundamental que os partidos da direita fiquem colocados em minoria na futura Assembleia da República e que os partidos da esquerda, no seu conjunto, recuperem a maioria nesse órgão, pré-requisito indispensável para uma reorientação à esquerda da vida política nacional.

A derrota eleitoral da direita e a vitória da esquerda, para além do seu significado e consequências institucionais, terá também profundas repercussões nas condições de intervenção social e política subsequentes ao acto eleitoral. E projectar-se-á nas autárquicas e presidenciais que completarão o ciclo eleitoral dentro do prazo de um ano.

A Renovação Comunista, no quadro das suas actuais características de movimento político, entende ter uma participação activa no decisivo período que o país atravessa, sustentando através da sua intervenção e do apelo à participação e ao voto dos cidadãos a concretização de dois objectivos fundamentais: 1 - a colocação dos partidos da direita em minoria na futura Assembleia da República; 2 – a criação de condições para a subsequente formação de um governo de esquerda com uma política de esquerda.

É ainda propósito da Renovação Comunista contribuir para a intervenção política de muitos comunistas que não se sentem representados pela orientação sectária e pela direcção saídas do recente Congresso do PCP.

A participação activa da Renovação Comunista na batalha política das legislativas de 20 de Fevereiro assumirá diversas expressões concretas: - iniciativas próprias de expressão e de debate em torno do conteúdo de uma plataforma política de esquerda e de outras propostas políticas; desde já é anunciada a próxima realização de um Fórum sobre Políticas de Esquerda para Portugal. - a disponibilidade para a participação em iniciativas de debate dos problemas do país, promovidas por organizações sociais e políticas de esquerda, em que a RC possa exprimir os seus próprios pontos de vista; - a participação individual de activistas da RC em candidaturas do BE para a qual foram convidados, na qualidade de independentes, com possibilidade de darem voz própria às análises e às propostas da RC, no quadro de um acordo específico celebrado entre a RC e o BE.

A Renovação Comunista considera que é com confiança que os portugueses e em particular os trabalhadores devem considerar a possibilidade de superação dos graves problemas económicos e sociais com que o país se encontra confrontado. E exprime a sua profunda convicção na existência de condições favoráveis para que, dentro de um mês e meio, seja posto termo ao ciclo de governação da direita e fique aberto o caminho para uma reorientação à esquerda da vida nacional.

9 de Janeiro de 2005

O Encontro Nacional da Renovação Comunista

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