Bloco de Esquerda exige retirada das forças portuguesas no Iraque

Que o Governo de Santana Lopes o tenha anunciado no mesmo dia em que o primeiro-ministro interino do Iraque decretou o estado de emergência por 60 dias é o sinal mais evidente da crescente incapacidade das forças ocupantes de controlaram o território iraquiano e cumprirem a sua promessa de realizar um acto eleitoral democrático em Janeiro.

Ao contrário do que afirma o Governo, as tropas portuguesas não permanecerão no Iraque para permitir a realização do pretenso acto eleitoral, mas sim porque a crescente escalada da violência neste país tem levado as forças americanas a pedirem todos os reforços possíveis - como aconteceu recentemente com a deslocalização dos soldados britânicos estacionados no sul do Iraque, permitindo que as forças norte-americanas assaltem Fallujah.

Ao contrário do que Santana Lopes prometeu em 5 de Novembro, o Governo português prolongou a manutenção da GNR sem ter recebido garantias fiáveis de que as eleições se realizarão em Janeiro: o recenseamento eleitoral é uma ficção, largas partes do pais não são controladas pelas forças ocupantes e o estado de emergência que estará em vigor até à data prevista para as eleições não garante minimamente as condições para uma campanha independente e livre.

Prolongando, por mais três meses, a manutenção das forças da GNR no Iraque, Santana Lopes empenha-se numa politica de ocupação que não tem fim à vista e que só tem resultado na ocupação de um dos maiores produtores mundiais de petróleo e na vertiginosa escalada do número de vítimas.

O Bloco empenha-se na defesa da auto-determinação do povo iraquiano exigindo a retirada das tropas portuguesas.

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