Morte de José Craveirinha deixa a língua portuguesa mais pobre

Vencedor do Prémio Camões em 1991, José Craveirinha nasceu e morreu poeta, oferecendo à língua portuguesa ao longo dos seus 80 anos um estilo de escrever sem igual, com um poder de síntese no meio da simplicidade, que conseguiu dizer tudo em poucas palavras. Foi um género, foi um artista, e por isso é eterno.

Nascido em Maio de 1922 no capital moçambicano (então chamava-se Lourenço Marques), José Craveirinha era filho de mão africana e pai português. Começando a sua vida literária no jornalismo, colaborou com o “Brado Africano”, “Notícias”, “Notícias da Beira” e “Voz de Moçambique”, ajudando a fundar o tecido jornalístico do país que ajudou a fundar com a sua obra.

Entre os artigos vinham livros de poesia, sendo a obra “Chibuto, Cântico a um Dio Catramao” talvez a mais famosa. Preso pela autoridade colonial (Portugal) por causa da sua militância no FRELIMO, nunca deixou de amar Portugal e os portugueses.

Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE

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