Guerra aos gafanhotos

Peritos da FAO (Organização de Comida e Agricultura da ONU) afirmaram hoje que a praga de gafanhotos que assola a África do Norte pode durar dois a três anos, pois sem o financiamento adequado, não será possível diminuir o número de insetos ao ponto em que não coloquem uma ameaça à agricultura da região.

Desde Junho, milhões de insetos invadiram Mauritânia, Senegal, Mali, Niger e Chade e até chegaram a Cabo Verde, mas ainda não em números significantes. 40 aviões especiais estão trabalhando na região, juntamente com equipas no terreno, que tentam salvar as culturas, que serão colhidas em Novembro próximo.

A FAO afirma que não foi feito o suficiente pela comunidade internacional em atacar os piores enxames de gafanhotos em 15 anos. Isso significa que os gafanhotos conseguiram escapar a campanha de extermínio e já estão a voltar aos seus terrenos de inverno, preparados para lançar novos ataques contra as colheitas no próximo ano.

“As atuais intervenções permitirão uma redução no número dos insetos mas para quebrar o ciclo, serão necessários pelo menos duas campanhas intensivas”, disse Said Ghaout, diretor do centro de controlo dos gafanhotos em Marrocos, uma opinião apoiada por Eduard Tapsoba, representante da FAO em Senegal, que afirmou: “Isso não é o fim da história. Durará pelo menos dois a três anos”.

Fátima CHANTRE PRAVDA.Ru

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