BRASIL-CHINA-E.SANTO

A maior comitiva oficial e empresarial que já deixou o nosso país, reuniu sob o comando do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, cerca de 400 empresários, Ministros de Estado e altos dirigentes de empresas estatais, na busca de um encontro de frente e objetivo, com a China e as inegáveis perspectivas de seu mercado, hoje avaliado sobre um universo de 800 milhões de consumidores potenciais, entre uma população de 1,3 bilhão de habitantes, com uma economia oferecendo crescimento médio anual da ordem de 8%, com o freio que atualmente tem sido acionado.

Na realidade o mercado chinês – para não entrar com irresponsabilidade e açodamento em números discutíveis – pode e deve ser avaliado, respeitado o real poder aquisitivo de seu povo, em 150 milhões de consumidores. Sem dúvida, apesar de tudo, é um dos mais tentadores e cobiçados mercados mundiais.

As primeiras notícias oficiais apontam a assinatura de pelo menos 15 excelentes acordos e parcerias, envolvendo os segmentos da siderurgia, petróleo, usina de aço, produção e exportação de carvão siderúrgico, exploração de bauxita e produção de alumínio, exploração conjunta de petróleo em outros países, esforço para constituição de joins ventures voltadas para exportação, acordo de roaming, reunindo Telemar/OI/China Móbile, operação de vôos regulares China-Brasil, no conjunto Varig/Air China, intercâmbio de coque metalúrgico, ferro gusa, algodão e açúcar , aquisição de equipamentos e tecnologia, troca de informações e experiências industriais, parceria para produção de bicicletas e motos, construção de usina térmica no Rio Grande do Sul e ampliação das exportações de café solúvel, além, naturalmente, de outros entendimentos de empresários para empresários, já que o leque de opções do país sustenta uma previsão otimista para o ciclo de comércio entre as duas nações.

Mas, não se pode deixar de destacar no curso dos entendimentos e acordos efetivados, que cabe ao Espírito Santo, no conjunto de suas grandes empresas – CVRD, CST, ARACRUZ CELULOSE e SAMARCO – uma apreciável liderança nos acordos agora firmados. Será bastante assinalar que a CVRD assegurou parceria para a implantação de uma Usina de Aço, com capacidade de 3,8 milhões de toneladas anuais, batendo firme em acordos que lhe possibilitarão volumes estimados em mais de US$ 5 bilhões de dólares.

Claro que a presença das grandes corporações capixabas no âmbito das estratégias oficiais lideradas pelo presidente Lula, estão sustentadas pela vitalidade do complexo portuário, ferroviário, aeroviário e rodoviário do Estado, que assegura nos dois sentidos – importação e exportação – o sucesso de grandes operações.

Na verdade o Governador Paulo Hartung desta vez não acompanhou a comitiva presidencial- apesar de convidado, por ter assumido compromissos inadiáveis e estar preparando, consoante já registramos nesta coluna, uma visita oficial do Espírito Santo e seus empresários à China, o que deverá ocorrer no segundo semestre deste ano. Cresce o entusiasmo capixaba por esse novo contato formal e amplo com a China, pois, sem dúvida, o sucesso da visita presidencial de agora abre as portas do mercado para o Espírito Santo e suas inegáveis oportunidades de investimento.

Foi recebido com indiscutível entusiasmo pelos empresários capixabas e empresários brasileiros e estrangeiros que já estão no Estado, a notícia oficial dada pelo Governador Paulo Hartung, ao anunciar o investimento de R$ 40 bilhões de reais até 2007 no Estado, oficializando aquela identificação que temos feito em nossos artigos de que o Espírito Santo já pode e deve ser considerado como a nova fronteira da prosperidade nacional.

Para que se possa medir, com serenidade e otimismo controlado as declarações do Governador Paulo Hartung, será bastante apontar, setorialmente, as parcelas destes investimentos: Infraestrutura (2,7 bilhões), Petróleo, Gás e Energia Elétrica (27,49 bilhões), Obras Federais ( 290 milhões), Obras Estaduais (532 milhões), Parceria Público-Privada (85 milhões), Ampliação grandes empresas (7,96 bilhões), Agricultura (1,68 bilhões) Turismo (338 milhões) e Servições (270 milhões).

Não foram considerados pelo Governo os investimentos ainda em fase de estudo e avaliação, numa demonstração da seriedade e cuidado com que o Espírito Santo assume a sua responsabilidade perante o futuro.

J.C.Monjardim Cavalcanti ([email protected])

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