Cobertura do Samu atinge 68 milhões de brasileiros

Desde que foi lançado em setembro de 2003 pelo governo federal, o serviço multiplicou por quase sete vezes a sua capacidade de atendimento e hoje está presente em 307 municípios em 20 estados e no Distrito Federal. O Samu tem a função de prestar socorro médico à população reduzindo o número de mortes, diminuindo as internações hospitalares e as possíveis seqüelas que um paciente possa vir ter na ausência de um atendimento imediato.

O serviço no DF foi inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24.08) e vai atender a 2,2 milhões de pessoas. Para instalar este novo Samu, o Ministério da Saúde investiu R$ 5,4 milhões para compra de ambulâncias, equipamentos e construção da central de regulação.

O Ministério da Saúde já investiu, entre setembro de 2003 e agosto deste ano, em todo o país, R$ 167 milhões para a compra de equipamentos e a implantação do Samu. Em 2003, o projeto tinha 14 serviços e atendia a 10 milhões de pessoas. Hoje são 71 serviços e a cobertura chega a 67,9 milhões de pessoas. Por mês, o ministério repassa mais de R$ 11 milhões para as despesas de custeio do serviço.

Conforme a Coordenadora-Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Irani Ribeiro de Moura: "o atendimento rápido prestado pelo Samu é fundamental para salvar vidas de pessoas que sofreram traumas por causa de acidente de trânsito, que sofreram infarto ou outra situação grave". Irani explica também que o Samu trouxe a organização do atendimento a urgências a vários municípios onde esse serviço funcionava de maneira precária.

Para ser atendido por um profissional, que vai prestar as primeiras orientações, o interessado só precisa realizar uma ligação gratuita para o número 192. Nos casos em que não se constata uma urgência maior, o profissional encaminha a pessoa a uma unidade de saúde. Nas outras situações, define se é necessário o envio de uma ambulância básica - com auxiliar de enfermagem - ou avançada, com enfermeiro e médico. O serviço funciona 24 horas.

O serviço trouxe também mais eficiência para o Sistema Único de Saúde (SUS) porque permite que paciente seja encaminhado diretamente para o hospital especializado para tratar do seu caso. "Muitas vezes por desconhecimento, a pessoa com uma doença cardíaca vai até um hospital que não atende a essa especialidade e o tempo para se conseguir o socorro no local certo é crucial", diz Irani.

Além do ganho na qualidade do atendimento, o Samu estimula a adoção de ações intersetoriais. Assim, por exemplo, caso o serviço receba uma quantidade grande de chamadas por atropelamento em uma determinada esquina, o Samu notifica as autoridades de trânsito para tomar providências, como melhorar a sinalização e a fiscalização. O mesmo ocorre nas situações em que se verifica o aumento da ocorrência de uma doença transmissível, como a meningite ou um surto de diarréia. A central de regulação aciona a vigilância epidemiológica. O serviço ainda contribui para a melhoria da notificação de acidentes de trabalho, de violência contra a mulher, crianças e idosos bem como vai permitir a ampliação da identificação de doadores potenciais de órgãos para transplantes.

Estrutura

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência funciona com ambulâncias de suporte básico e avançado, helicópteros equipados para o transporte de pacientes, "ambulanchas" com unidades de suporte avançado e centrais de regulação médica para a distribuição dos atendimentos, conforme as necessidades das urgências. Por meio de uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal e com as Forças Armadas, o serviço também conta com a frota de ambulâncias e helicópteros dessas instituições para garantir o atendimento e o transporte em locais de difícil acesso para os profissionais do Samu.

Para que um município disponha do Samu, a Secretaria de Saúde local precisa apresentar um projeto de implantação do serviço que cumpra as exigências do Ministério da Saúde. Dentre elas, está a disponibilidade de serviços de urgência de pequena e média complexidade no município, bem como a destinação de local para a instalação da central de regulação médica. O ministério financia 100% do investimento para a implantação do serviço e 50% do custeio para o seu funcionamento.

Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República

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