Investimentos em saúde bucal cresceram 54% em 2005

No ano passado, foram investidos R$ 184 milhões e até o final de 2005, o Ministério da Saúde vai destinar R$ 400 milhões na criação de equipes de saúde bucal, na instalação de centros de especialidades odontológicas e na adição de flúor a estações de tratamento de água.

As medidas fazem parte do Programa Brasil Sorridente, primeira política nacional de saúde bucal já adotada no país no qual o Ministério da Saúde vai destinar até o próximo ano, ao todo, R$ 1,3 bilhão. Até o lançamento do programa, em março de 2004, a atuação do governo federal no setor se restringia ao repasse de recursos para cada equipe de profissionais montada pelo município.

O volume de investimentos no programa vem crescendo desde 2002. Naquele ano, o governo federal destinou R$ 56,5 milhões em saúde bucal. Em 2003, foram aplicados R$ 84,5 milhões e ano passado R$ 185 milhões.

Cobertura populacional

Mais recursos propiciou um aumento significativo no quantitativo da população que está recebendo atendimento odontológico pelo Sistema Ùnico de Saúde (SUS). A cobertura saltou de 26 milhões de pessoas que recebiam esse tipo de tratamento para 59 milhões, um terço da população brasileira.

Para aumentar a cobertura populacional com atendimento odontológico, o governo proporcionou o crescimento de 175% no número de equipes de saúde bucal implantadas em todo o país. De dezembro de 2002 até setembro deste ano, foram criadas 7.772 novas equipes que atuam junto ao Programa Saúde da Família. São 12.033 equipes atuando em 3.785 municípios, o correspondente 67,19% do total das cidades do país.

O Nordeste é a região do país que apresenta hoje maior cobertura populacional feita pelas equipes de saúde bucal. São mais de 28 milhões de pessoas que recebem atendimento odontológico gratuito na região, ou 57,9% dos habitantes. Já no Centro-Oeste, 43,2% da população é acompanhada pelas 406 equipes, seguida das regiões Sul, Norte e Sudeste.

As equipes são compostas por um dentista, um auxiliar de consultório e um técnico em higiene bucal. Esses profissionais prestam serviços como, atividades preventivas e educativas, extração dentária, restauração, aplicação de flúor, resina e próteses dentárias. Também estão habilitados a diagnosticar o câncer de boca, um dos principais problemas da saúde bucal no país. Dados do Ministério da Saúde levantados em 2004 mostram que 65% dos diagnósticos são feitos nas fases mais avançadas desse tipo de câncer resultando na morte, em média, de três mil pessoas por ano em decorrência da doença.

O Brasil Sorridente atua também na prevenção da cárie com investimentos na fluoretação da água de abastecimento público. Até setembro, foram implantados 157 novos sistemas de fluoretação em seis estados beneficiando 650 mil pessoas. Conforme o Ministério da Saúde, a presença de flúor na água de abastecimento público pode diminuir a incidência de cárie em torno de 49 %. Essa ação é uma parceria entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e as Secretarias Estaduais de Saúde.

Além disso, o programa inclui a expansão do atendimento odontológico especializado. Os tratamentos de canal, de doenças da gengiva, confecção de próteses, entre outros estão disponíveis nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Até o mês passado, 194 centros foram implantados no país onde houve a realização de 1,3 milhão de procedimentos especializados. Outros 226 municípios já receberam a primeira parcela dos recursos para a implantação do centro.

O Brasil Sorridente já gerou 16 mil empregos diretos e até 2006, gerará mais nove mil, incluindo cirurgiões-dentistas, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário, técnicos de próteses dentárias e auxiliares de próteses dentária.

Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República

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