É melhor rir do que tomar a sério as besteiras deste governo de Lula

Deve ser coisa do marketing. Alguém do marketing de Lula chegou para ele disse: sempre que tiver uma chance fala de futebol, o povo gosta, acha engraçado e até esquece as mazelas que nos assola. E isso está sendo feito, dia sim, dia não Lula ataca de futebolista. Na segunda, pelo rádio, usa a metáfora pra dizer que o Ministro da Previdência, no auge da sua imprudência verbal não teve má intenção ao mandar os velhinhos entra na fila de madrugada. Foi sim, segundo Lula, um errinho bobo, coisa à toa. Fez o mea culpa e fica tudo bem. E cita o exemplo: bom jogador também perde pênalti. Ou seja perdoou o Ministro pela bobagem que fez, e ignorou solenemente a dor dos velhinhos.

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Ainda na segunda-feira, em ato público, Lula ataca de futebolista novamente. Sem que ninguém lhe perguntasse nada saiu a criticar a Seleção de Parreira, atendendo a mais um pedido do marketing, que quer ver Lula abordando assuntos populares, falando o que o povo gosta. O marketing, Lula e quem mais envolvido nessas baboseiras, não deve ter visto na tevê em todos os telejornais, as imagens chocantes feitas em várias capitais de milhares de idosos nas humilhantes filas do INSS, em busca de informações que o jogador que perdeu o pênalti não está sabendo responder.

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Alguém do marketing de Lula deveria avisar ao Presidente que dirigente de clube, que abraça o jogador que perde o pênalti, acaba levando vaia da torcida. Na lei do futebol, pênalti não é coisa que se perca. Há quem diga que, pela importância que tem, deveria ser cobrado pelo Presidente do clube.

Ministros à beira de um ataque de nervos

Como tudo que o PT faz, a reforma ministerial também está gerando mal estar no governo, insegurança entre os ministros e intranqüilidade nos escalões menores. A política do PT é aquela de sempre: pela panelinha tudo, pela competência nem tanto. Com medo de magoar os companheiros de antigas jornadas, aqueles de inúmeras campanhas perdidas, Lula fica protelando o anúncio da mudança de ministros, embora o país inteiro já saiba quem vai deixar o cargo. O ministro Adauto já jogou o chapéu, Benedita já fechou as gavetas e Agnelo Queiroz já está indo ao trabalho sem gravata. Esses ministros nem precisam mais ser substituídos. Trabalhando como estão, tensos e desautorizados, são fantoches manipulados pela turma do ministro Dirceu apenas batendo o ponto que a burocracia exige. Se fosse chamado a falar sobre eles, por certo o futebolista Lula diria: estão apenas cumprindo tabela.

PT, quando não faz nada, briga

A mais recente briga por espaço, no disputado cenário de vaidades dos petistas envolve o todo poderoso ministro José Dirceu e o senador gaúcho Paulo Paim, aliás um dos bons nomes do partido. Paim, como sempre opinativo de personalidade, está contestando o radicalismo do ministro Dirceu, a quem chama de Golbery (General estrategista do governo da ditatorial de Geisel, nos anos de 74 a 79). E a baixaria não pára por aí. Segundo matéria da Folha de São Paulo de hoje, o sociólogo Francisco de Oliveira chamou Dirceu de espertalhão e safado, condenando o jeito truculento do ministro fazer política. Pois é senhores, está nas mãos desse adjetivado ministro algumas das mais importantes decisões que interessam a esse pais. Seria o ministro Dirceu mais um daqueles grandes jogadores de Lula que também perde pênalti?

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