MANGOSTÃO : RAINHA DAS FRUTAS (II)

Ficamos de escrever uma série de artigos sobre a fruta mais famosa dos trópicos e considerada mais saborosa do mundo. Alertamos no primeiro artigo da série sobre a existência do mangostin, comercializado como se fosse o verdadeiro, numa rápida demonstração de vivacidade de alguns setores nacionais. É preciso conhecer, de fato, o verdadeiro mangostão e as técnicas que se recomendam para a sua viabilidade como cultura de alto poder de resposta econômica.

As primeiras mudas de mangostão chegaram ao Pará, por volta de 1942, adaptando-se perfeitamente às condições climáticas, gerando o cultivo produtivo, em pequena escala é verdade, mas com árvores que lá estão em produção há cerca de 45 anos. Também na Bahia se encontram plantios pequenos, mas produtivos e com o mesmo tempo de plantio, superando, como acontece na região de Linhares e mesmo naqueles estados a qualidade das frutas produzidas na sua região de origem.

A questão de mercado é favorável à cultura com fortes índices de expansão, já existindo tradings comercializando o produto, destacadamente através da presença e experiência da Cooperativa Sul do Brasil. Padronização em termos internacionais depende de técnicas simples de manejo e cultivo, oferecendo parâmetros de peso, tamanho, aparência e estado fitossanitário corretos, o que garante melhor preço e segura aceitação internacional.

O mangostão amarelo – conhecido como falso mangostão - que até circula por alguns horti-frutis e feiras não se iguala ao verdadeiro mangostão em beleza e sabor. O falso mangostão, muito mais barato, exuda um látex branco ao romper-se parte de suas folhas, o que não ocorre com o verdadeiro mangostão. Os padrões do verdadeiro em termos internacionais determinam peso mínimo de 120 gramas, diâmetro mínimo de 6 centímetros e aparência externa com cores firmes, sem manchas.

Todas as tecnologias desenvolvidas no Brasil quer a partir da produção entre 4 e 5 anos ou 3 a 4 anos, ainda não estão largamente difundidas, o que nos permite despertar a preocupação dos capixabas, o que já está sendo feito com êxito em Linhares.

O mangostão é um fruto com 4 a 8 centímetros de diâmetro, podendo chegar em alguns casos a até 10 cms. Quando está completamente maduro ele ganha uma cor vermelho roxo. No seu interior são encontrados de 5 a 8 bagos. A polpa é branca neve, macia e que praticamente se derrete na boca. O peso do fruto varia de 40 gramas a 200 gramas.

O cultivo requer clima quente e úmido, com temperatura variando entre 24 a 36 graus centígrados, dentro de uma média anual de 26 graus.

As regiões com chuvas abundantes, boa luminosidade solar e umidade relativa do ar igual ou superior a 60% são as ideais para cultivo do Mangostozeiro.

A Garcinia mangostana L não é muito exigente quanto à fertilidade do solo. Ela se desenvolve e produz mais cedo e em maior quantidade em solos profundos com boa fertilidade. O mangostozeiro pode ser cultivado sob sombreamento nativo, apenas som o inconveniente de retardar a produção.

De um modo geral os estudos que estamos analisando e divulgando são amplos e tecnicamente bem detalhados, o que nos permitirá no próximo artigo abordar alguns aspectos quanto ao custo de mudas, critérios clonais, nutrientes recomendados e outros detalhes importantes.

J .C. Monjardim Cavalcanti é jornalista e ex-Secretário de Comunicação do ES ([email protected])

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