Emprego formal tem crescimento recorde em janeiro deste ano

Esse foi o maior índice para o período de toda a série histórica do CAGED, iniciada em 1992. Para Berzoini, "o resultado foi muito positivo, porque revela que o emprego no primeiro mês de 2005 não apenas segue, mas até supera a tendência do ano passado. O resultado é 15% superior ao de janeiro de 2004, o que mostra que a economia continua crescendo fortemente", disse o ministro.

Esses números representaram um crescimento de 0,47% em relação ao mês anterior (dezembro de 2004), que havia registrado a criação de 100.106 empregos. Nos últimos doze meses, a variação acumulada atingiu 6,63%, representando a criação de 1,539 milhão novas de oportunidades de trabalho no país. O ministro Berzoini avaliou que existe um otimismo também da parte do empresariado, "que não apenas está mantendo os postos de trabalho, mas está contratando, e isso é bom, porque permite avaliar que o ano de 2005 tem perspectivas positivas em termos de geração de emprego e renda".

De acordo com relatório do CAGED, os dados positivos de janeiro de 2005 se devem a "fatores associados à demanda interna e ao bom desempenho das exportações" e que o comportamento favorável do emprego nesse primeiro mês do ano foi resultado da elevação generalizada de todos os setores, com destaque para os serviços (54.501 vagas a mais de trabalho) e a indústria de transformação (32.844 novos empregos com carteira assinada). Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, esses números representam "um mercado de trabalho muito mais distribuído do que no ano passado".

Entre os Estados, o principal destaque foi São Paulo, com saldo de 52.783 postos de trabalho em janeiro de 2005, sendo 35.059 na região metropolitana e 20.724 no interior. As nove áreas metropolitanas pesquisadas foram responsáveis por um saldo de 42.829 empregos com carteira (representando um crescimento de 0,42%) contra 42.546 vagas no interior (o que significa um incremento de 0,46%). Das nove áreas metropolitanas pesquisadas pelo CAGED, seis tiveram variação positiva na criação de emprego (São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Belém) e três, negativas (Rio de Janeiro, Recife e Salvador).

Na entrevista em que anunciou os dados positivos do CAGED para janeiro de 2005, o ministro Ricardo Berzoini disse que até agora "tanto os números do mercado de exportação como os do mercado interno são positivos - mostram que a recuperação da renda interna está se processando, que os investimentos públicos do governo federal e de governos estaduais e municipais estão fortalecendo esse movimento. E, principalmente, tem havido uma conjugação de fatores positivos, que permite ao Brasil crescer, ao mesmo tempo em que faz investimentos para sustentar o crescimento".

Para o ministro do Trabalho e Emprego, "o governo federal, particularmente, está com a preocupação de garantir os mecanismos para financiar esse crescimento por meio dos bancos públicos federais - especialmente com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), mas também com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal - e dos fundos sociais dos trabalhadores, que, com muita responsabilidade, podem ser utilizados para alavancar o crescimento".

Em termos comparativos, o ministro Ricardo Berzoini destacou que 2004 começou com um processo muito forte no interior, associado especialmente à agroindústria da exportação. No segundo semestre, as regiões metropolitanas avançaram. Em 2005, segundo ele, "a tendência é que haja um peso menor do agronegócio exportador e um peso maior do mercado interno, que se fortalece pela recuperação da renda e pela ampliação dos empregos. Isso também é bom para a economia, porque um mercado interno forte significa que mais empresas terão interesse em atuar no país, portanto investindo mais dinheiro em nosso mercado", disse o ministro.

Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República

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