Ato em Brasília defende democracia interna do PT e disciplina partidária

Durante o evento, foi divulgado um manifesto assinado integrantes da Comissão Executiva Estadual do PT-DF. "Queremos mostrar para a sociedade que a grande maioria do PT está convencida de que sem disciplina não há partido", disse o presidente do PT-DF, Wilmar Lacerda.

"O PT é o partido do governo e do presidente e não é possível admitir que, diante de um amplo debate e fechamento de questão, parlamentares ou governantes petistas ajam de forma independente e façam oposição ao governo", disse Lacerda. Ele fez referência a manifestos e apenos divulgados nos últimos dias contra punição a parlamentares que não acataram deliberação de voto das bancadas petistas no Congresso.

O documento, intitulado "Sem respeitar o PT, ficar por quê?", lembra que o PT foi pioneiro no direito de tendências, realização de prévias para escolha de candidatos e eleição direta para dirigentes. "É essa história de liberdade de discussão política que credencia o PT a exigir de todos os seus militantes o respeito às decisões do partido", afirma o texto.

De acordo com os signatários, se não há respeito à democracia interna, a discussão partidária se transforma em "mero espaço de demarcação de convicção política".

O texto faz ainda uma defesa das reformas constitucionais propostas pelo governo Lula, lembrando que elas receberam o apoio da maioria da sociedade e foram aprovadas pelas regras democráticas.

Para esses políticos, o comportamento dos quatro parlamentares que votaram contra a decisão fechada da bancada do PT "não faz parte da cultura democrática do partido, da pluralidade do debate interno e da unidade das nossas ações".

"Manifestamos nossa posição de defesa da aplicação de penalidade disciplinar pelo Diretório Nacional do PT nos termos do nosso estatuto, sob pena de rasgarmos nossa história de liberdade de opinião e respeito às decisões", conclui o documento.

Na outra ponta, estão previstas para hoje manifestações contra as expulsões dos parlamentares no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba.

Para o presidente nacional do PT, José Genoino, os apelos deveriam ter sido feitos antes da votação da reforma da Previdência, para evitar os votos contrários dos quatro parlamentares.

Partido dos Trabalhadores

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