Brasil numa Onda de Optimismo

No dia em que o câmbio entre o USD e o Real atingiu 3.25 R$/USD, figuras de destaque internacionais afirmaram que estão optimistas relativamente ao futuro desempenho da economia brasileira.

O USD registou hoje a sua cotação mais baixa (R$ 3,2550) desde o dia 17 de Setembro (R$ 3,2450). O que provocou a cotação de hoje foi a confiança mostrada pelo Banco Japonês para Cooperação Internacional (Japanese Bank for International Cooperation) na Companhia Siderúrgica de Tubarão, ao qual emprestou 39 milhões de USD. Não foi a quantia em si, mas o gesto, baseado na confiança que o banco japonês tem nas possibilidades da economia brasileira, que ajudou na fixação da cotação do dólar.

George Soros, o financeiro internacional, tinha afirmado em Ourubro passado que considerava que a possibilidade de o Brasil ter de renegociar a sua dívida externa seria mais do que 50%, no entanto hoje, disse no simpósio Progresso e paradoxo: As realidades da globalização no século 21, Nova Iorque, que tinha mudado de opinião.

Também presentes neste simpósio eram o Ministro de Relações Estrangeiras do México, Jorge Castañeda, o ex-Presidente dos EUA, Bill Clinton e o ex-Secretário de estado dos EUA para o tesouro, Robert Rubin. Jorge Castañeda disse que “É preciso resolver os impasses que impedem que a América Latina avance em termos de reforma tributária, trabalhista, de maneira que o crescimento desta vez signifique redução da pobreza”, acrescentando que o que é importante não é a procura de novas reformas econômicas, mas novas maneiras de resolver os assuntos institucionais. Para Bill Clinton, a globalização não é um mal, mas antes “envolve imigração, comunicação e desafios tecnológicos. A verdade é que a economia global nos últimos anos tirou mais gente da pobreza do que qualquer outro sistema econômico”.

Brasil está certamente bem posicionado na comunidade internacional para fazer frente aos seus problemas. Companhias brasileiras estão bem colocadas para firmar parcerias com investidores. Já que seres como Soros, que em ocasiões anteriores não teve escrúpulos na sua atuação, destruindo economias de países inteiros nas suas esquemas de engenharia financeira, consideram que o Brasil é país que já marca passo, é significante.

Resta saber se estes seres, como Soros, irão providenciar o clima financeira para o presidente Lula conseguir efectuar as suas reformas sociais.

Márcia MIRANDA PRAVDA.Ru BRASIL

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