Lula discursa na Liga Árabe sobre processo de paz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a oferecer o empenho do Brasil em participar do processo de paz no Oriente Médio e defendeu que a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha uma contribuição maior para a solução do conflito no Iraque e na Palestina. Segundo Lula, o Brasil apóia a auto-determinação dos povos e a soberania das nações.

O presidente lembrou que tem sempre defendido soluções em organismos multilaterais, sem confrontação com os países ricos. Ele disse acreditar que os países em desenvolvimento podem fazer a diferença, buscando, por exemplo, caminhos políticos e comerciais diferenciados. "Não é justo que alguns países tenham direito a muito e muitos países tenham direito a quase nada", disse ele, criticando a atual condição da ONU.

Lula afirmou que é preciso fazer a ONU funcionar como o mais importante organismo multilateral. "E se é o mais importante, e se todos queremos viver em harmonia, não é possível que alguns sejam mais importantes e tenham direito a veto em coisas que a maioria aprova no Conselho de Segurança", disse o presidente.

Lula também defendeu a alteração da estrutura da ONU, com a inclusão de mais membros permanentes no Conselho de Segurança. O presidente também reforçou a candidatura do Brasil para um eventual posto no Conselho. "Não tenho dúvidas de que o Brasil fará a sua parte."

Na Liga Árabe, defendeu uma alteração na "geografia política e comercial" do mundo. "Se não, nós continuaremos a ser eternamente países em vias de desenvolvimento. Outros continuarão a ser países eternamente pobres, enquanto apenas uma minoria é considerada a parte rica do planeta Terra", disse Lula.

Em seu discurso, Lula mencionou programas sociais conduzidos no Brasil, como o Fome Zero, o Programa Saúde da Família e o da Agricultura Familiar (Pronaf). E adiantou que a Líbia, próximo país em seu roteiro de viagem, tem interesse em reabrir uma representação diplomática em Brasília.

Lula disse ainda estar muito otimista com a reunião que será realizada no Brasil no próximo ano, envolvendo presidentes sul-americanos e dos 22 países da Liga Árabe.

Partido dos Trabalhadores

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