Lula fala sobre assassinato de João Hélio Fernandes Vieites, menino de 6 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que a redução da maioridade penal não vai impedir que ocorram crimes como a morte do menino João Hélio Fernandes Vieites.

O menino, de seis anos, ficou preso no sinto da segurança do carro e foi arrastado por quilômetros durante assalto na quinta-feira no Rio. Para Lula, além da ação do Estado contra a criminalidade é necessário também "retomar os valores tradicionais da família".

"Isso não resolve o problema", disse o presidente, ao comentar a morte do menino e a proposta de reduzir a maioridade penal, durante o lançamento de uma campanha contra a exploração sexual infantil na capital da Bahia.

"Corremos o risco de acabar absolvendo o Estado, responsável pela formação de uma geração de jovens empobrecidos e desesperançados, e condenar esses jovens", argumentou Lula.

O presidente disse que a violência é "um tema difícil, porque envolve paixão e emoção". Acrescentou que "o Estado não pode reagir com paixão nesses casos".

"O problema não é apenas encontrar mais uma lei, mais um policial, ou discutir a Justiça; é rediscutir valores humanos para saber onde erramos", afirmou o presidente.

Lula pediu "prudência e responsabilidade" no debate da criminalidade juvenil, lembrando que ela "existe nos Estados Unidos, onde a questão social não é o problema, e na Rússia, onde a educação também não é problema".

"Será que é apenas a questão social é a razão de tanta barbaridade? O que leva um jovem de 17 anos a praticar uma barbaridade contra outra criança?", indagou o presidente em uma fala de improviso sobre o caso João Hélio.

"Isso não está no racional da humanidade, não está no mundo animal", prosseguiu Lula, defendendo também a "recuperação da família brasileira".

 Reuters

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