PETRÓLEO DO FUTURO

Em termos das reservas petrolíferas no Brasil os dois últimos anos mudaram completamente as posições do passado, já que o Espírito Santo acaba de confirmar a segunda produção, atingindo uma reserva da ordem de 4 bilhões de barris, logo abaixo do Rio de Janeiro, primeiro produtor nacional.

O que se torna relevante e, sem sombra de dúvida, muito atraente e economicamente viável são as perspectivas que se abrem para a cadeia produtiva do petróleo no Estado, respeitada uma projeção de investimentos, só no circuito Petrobrás, de US$ 20 bilhões até 2007, viabilizando, inclusive a implantação de uma refinaria, com investimentos adicionais de US$ 2 bilhões, além do projetado “ Gasoduto do Sol “ que exigirá investimentos de US$ 1 bilhão.

Estas projeções, que integram um universo de grandes oportunidades de investimento, destacadamente, nos setores de agro-negócio, mármore e granito, fruticultura, mobiliário, celulose, construção naval, construção ferroviária, turismo, ferro-esponja, usinas de álcool , produção e industrialização de borrachas, refrigerantes e sucos, mercado imobiliário e de lazer e recreação, formam um ciclo de desenvolvimento sustentado pelo fato do Estado oferecer o melhor e mais flexível sistema locacional, aliado ao mix de exportação que faz com que o seu movimento portuário represente cerca de 40% do total exportado pelo país.

Voltando-se para as perspectivas do petróleo, será de importância registrar que o Espírito Santo detém o maior volume de descobertas de petróleo da década, com um crescimento assustador – da ordem de 100.000 % , saindo de uma reserva de 30 milhões de barris em 1990 para o atual percentual de cerca de 4 bilhões de barris, com seguras previsões de aumento para os próximos anos, inclusive também no setor de produção de gás.

Por este aspecto o Espírito Santo é considerado como o mais promissor Estado para o futuro do petróleo brasileiro . Somente no período 2001/2002 o Estado apresentou um crescimento de 7.900% em suas reservas no mar, enquanto o Rio de Janeiro, no mesmo período, apresentou uma queda de 7,6%. São realidades como esta que sustentam os investimentos programados pela Petrobrás para este ano e que deve atingir US$ 600 milhões, gerando cerca de 10 a 11 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos.

Quando nos plantamos sobre as mais recentes projeções da Petrobrás no Espírito Santo, abrem-se leques multifacetados que apontam na direção de medidas que dão sustentação aos negócios do petróleo, inclusive porque não se pode deixar de revelar, também , que na área da bacia petrolífera do Espírito Santo, atuam em consórcio com a Petrobrás ou por suas próprias iniciativas, já que venceram licitações e se preparam para novos leilões no mar territorial capixaba, cerca de 20 grandes corporações internacionais, numa geração constante de oportunidades e empregos.

O mapa da situação do petróleo no Estado destaca duas recentes descobertas , uma das quais de óleo de altíssima qualidade, com reserva de 450 milhões de barris – no ESS-123 – em Aracruz, cuja produção está prevista para 2006, sob rótulo de qualidade de 40 API. Já no campo de Golfinho surgiu óleo e gás de excelente qualidade e cuja dimensão produtiva ainda está sendo analisada.

De imediato está programada a construção do gasoduto para escoar o gás, além da mplantação de uma unidade para seu tratamento e aproveitamento. A outra projeção é feita sobre uma perspectiva de extração, nos próximos dois anos, só nos novos poços descobertos, de 100 mil barris de petróleo leve por dia.

Num relance e para situar o Espírito Santo no mapa do petróleo do Brasil, será relevante afirmar que o Estado tem reservas que já lhe asseguram hoje deter 32% do total das reservas de petróleo do país, estimadas oficialmente em 12,9 bilhões de barris.

Sobre estes números e em face das mais recentes estimativas, pode-se afirmar que o royalties pagos pela Petrobrás ao Espírito Santo já apontam um crescimento, de 2002 para 2003, da ordem de 165,66% valendo o destaque para os municípios de São Mateus e Linhares, os mais contemplados com os royalties do petróleo, garantindo ao norte do Estado de um modo geral e, em particular aos dois municípios, um invejável índice de desenvolvimento e bem estar social.

J.C.Monjardim Cavalcanti ([email protected])

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