MANGOSTÃO REAL DA MALÁSIA

Temos estudado e trocado informações sobre a verdadeira cultura do mangostão, examinando em vários países e, muito especialmente no Brasil, as verdadeiras diferenças existentes, tendo em vista que o mercado nacional vem sendo invadido, inescrupulosamente, por variedades que não se enquadram nos padrões organolépticos do verdadeiro mangostão.

Em artigos anteriores chegamos a apontar no mercado brasileiro a invasão do mangostin amarelo que em nada lembra o mangostão verdadeiro, este considerado sem sombra de dúvida, a mais saborosa fruta do mundo, apontada, ainda, como a “Fruta da Rainha” que chega a conquistar no mercado internacional entre 4 e 5 dólares por fruto.

Tem chegado ao nosso conhecimento que tem muita gente no Brasil comprando mudas de mangostin amarelo, bacuri pari, bacupari, como se fosse o verdadeiro mangostão real da Malásia, considerado imbatível e o mais rentável em termos de Brasil, destacando o Espírito Santo, Bahia, Amazonas e Pará. O importante é adquirir a muda correta, certificada e garantida, o obedecendo ao tempo médio de plantio e produção, estabelecendo uma relação custo-benefício que sustente todos os padrões de produtividade da cultura do mangostão , considerado o cultivo agrícola mais rentável e lucrativo do planeta, superando a renda de qualquer outro que se conheça.

A questão das mudas é muito importante para que não se adquira gato por lebre. Enxertadas ou clonais preformadas, com quatro a dez galhos frutificam entre três e quatro anos. Existem mudas que produzem em dois anos, de custo mais elevado e ancoradas em Certificados de Garantia e procedência, que podem ser enviadas com toda segurança, suportando, no caso, trajetos em rios, mar e rodovias. Para se verificar com segurança a diferença entre o mangostão verdadeiro e, por exemplo, o mangostin que está no mercado em hortifrutis e feiras, basta constatar que o falso deixa escorrer em suas folhas um látex branco quando estas são quebradas em seu comprimento.

Em apenas um hectare podem ser plantadas 180 plantas, em média cada planta produzindo padrão exportação, mil frutos, ao preço mínimo de U$$ 0,50 (cinqüenta centavos de dólar) por fruto, resultando numa renda mínima anual de U$$ 100 mil (cem mil dólares), superior, portanto, a 50 hectares de café conilon, 50 mil pés de cacau, 50 hectares de palmito pupunha ou 450 bois de corte (20 arrobas cada). Os nossos comparativos foram feitos com dados de março do corrente ano.

No Brasil existem atualmente 40 mil plantas produzindo ou por produzirem, havendo mercado firme e seguro para uma produção gerada por 300 mil plantas. A viabilidade é indiscutível para a cultura do mangostão. Registramos com satisfação que no Espírito Santo já estão em produção algumas excelentes culturas, em Castelo e, principalmente, em Linhares, com plantios feitos a cerca de 10 anos e com tendência a abrir frentes de interessados tanto no norte quanto no sul do Estado.

Pelas pesquisas e contatos que temos feito no curso dos últimos seis meses, podemos adiantar que é possível colocar no Estado, respeitada a escala de produção das mudas, o mangostão devidamente Certificado e Garantido pela única organização que no Brasil comercializa mudas do Mangostão Real da Malásia, com preços que variam de 25 (sem galhos) a 150 reais ( com 12 galhos), embaladas, com frete pago e pagamento em duas parcelas, respeitado o prazo de entrega de 10 a 12 dias e o fornecimento de um manual prático de cultivo, além de consultoria gratuita à distância durante o período de instalação, manutenção e início de produção.

Acreditamos estar hoje levando aos nossos leitores aquelas informações que não estavam contidas em nossos artigos anteriores e, têm sido objeto permanente de consulta e pesquisas. Estamos, portanto, resgatando a curiosidade de tantos leitores e segmentos agrícolas, sem que estejamos, realmente, esgotando o assunto, verdadeiramente apaixonante.

J.C.Monjardim Cavalcanti é jornalista e Ex-Secretário de Estado do E.Santo. [email protected]

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