Angola, Senhora de Paz

Desta vez o teatro dos combates é a região de Ituri na parte oriental da RDC, que foi cena de duros combates entre duas facções de rebeldes. A capital, Bunia, está controlada pela União dos Patriotas Congoleses, do grupo étnico Hema, apoiado pelo Agrupamento Congolés para a Democracia, por sua vez parte do Partido para a Unidade e Salvaguarda da Integridade Congolesa, apoiada por Ruanda.

Tentando tomar posições na capital é a Frente de Resistência Patriótica de Ituri, do grupo étnico Lendu, apoiados por Uganda. Agricultores, este grupo depende económicamente dos Hema (criadores de gado) e para piorar a situação, cada grupo identifica-se com as duas facções envolvidos na chacina que matou milhões em Ruanda e Burundi nos anos 90. Os Hema associam-se aos Tutsi, e os Lendu aos Hutu.

Por trás é uma decisão tomada sem dúvida em Bruxelas durante o tempo da administração colonial belga de Zaire, quando terras dos lendu foram doados aos Hema. Porém não é só a partilha de terras por trás deste conflito: em Kilo Moto, além duma mina de ouro, há petróleo.

Enquanto uma força internacional de manutenção de paz se instala na zona para garantir a segurança dos efectivos da ONU, esta organização irá iniciar uma série de reuniões com os outros países na região, começando em Luanda, símbolo de paz numa terra onde já não se ouve metralhadoras e RPG, mas as canções das crianças nas escolas.

Acácio BANJA PRAVDA.Ru LUANDA ANGOLA

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