Angola e Moçambique: Rota de tráfico de crianças

O jornal sul-africano “The Natal Witness” publica na sua edição de hoje, 2003.03.05, que o destino de muitas crianças sul-africanas vendidas para redes de prostituição infantil passa por Angola e Moçambique.

The Natal Witness cita um estudo feito pela organização humanitária “Molo Songololo”, que foi apresentado na segunda-feira ao Parlamento do Kwazulu-Natal, reclamando que crianças oriundas de duas cidades desta província, Pietermaritzburg e Durban, estão destacadas entre as que passam pelas redes de prostituição.

Debora Mobylin, do Molo Songololo, explicou que as crianças eram maioritariamente angariadas em famílias pobres, depois de serem feitas promessas duma vida melhor no estrangeiro. A realidade, quase sempre, é uma existência de prostituição esforçada para angariar fundos para os que controlam o negócio: os chulos.

Estima-se em 28,000 o número de crianças sul-africanas que se prostituem no país, não se conhecendo o número que passam por estas redes internacionais. No entanto, calcula-se que 19,000,000 de pessoas da população total do país são menores, 11,352,000 destes vivendo abaixo do limiar da pobreza, sendo de alto risco.

Estas crianças, segundo a mesma fonte, são raptadas, ameaçadas e maltratadas, às vezes mortas, por máfias internacionais que operam no Leste Europeu, no Sudoeste Asiático e em África, nomeadamente na Nigéria, Uganda, Angola e Moçambique.

Timofei BYELO PRAVDA.Ru

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