GREVE GERAL

A esta hora é já possível garantir que a greve geral foi a maior de sempre. Em todos os sectores e em todo o território nacional. Trata-se de uma moção de censura dos trabalhadores a este governo e em especial ao ministro Bagão Félix. O ministro não pode viver no mesmo país que os portugueses, ao dizer que a greve está 3% ou 4% acima do absentismo normal. Com estas declarações, o ministro afecta sem remendo a sua credibilidade política. O ministro tenta negar a evidência de uma adesão histórica a uma greve geral em Portugal. Depois desta greve a manutenção da proposta de Código de Trabalho de Bagão Félix é insustentável e deve ser retirada, tal como exigiram hoje os portugueses. O ministro tem de tirar da paralisação as devidas consequências. Grandes empresas da Indústria: Cimpor, Grundig, Lisnave (incluindo empreiteiros), Arsenal do Alfeite, Sorefame, Autoeuropa, Portucel, Siderurgia Nacional, Petrogal, Covina, Coelima, Lameirinho, Corticeira Amorim, vidreiras Atlantis e Crisal, Quimitécnica, Amorim Industrial, EMES, EDP, Somincor, Oficinas de Material Aeronáutico, Danone, Nova Penteação, pesca e lota de Olhão, Ricardo Gaio, João Ruano, RODE, Barbosa e Almeida, são só alguns dos exemplos de uma greve quase total. Transportes: com raras excepções, os transportes estão parados em todo o país. CP, Carris, STCP, Metropolitano de Lisboa, Rodoviária de Lisboa, Metro do Porto, Vimeca, Soflusa, Transtejo, transportes públicos de Beja, TST, transportes colectivos de Coimbra, EVA, Rodoviária do Alentejo, Transportes de Vila Real, transportes municipais em todo o país, muitas transportadoras rodoviárias privadas, TAP e aeroportos pararam. Saúde: os hospitais de todo o país registaram adesões quase totais dos funcionários e superiores a 75% entre os enfermeiros. Também foram muitos os Centros de Saúde que mantiveram as portas fechadas. Tirando os serviços mínimos, a grande maioria das unidades de saúde não funcionaram. Exemplos são hospitais Garcia da Orta, Santo António, Pediátrico de Coimbra, São João, Barreiro, Fundão, Vila Franca, Barreiro, Setúbal, Castelo Branco, São José, Santa Maria, Miguel Bombarda, Curry Cabral, Capuchos, São Francisco Xavier ou IPO de Coimbra. Serviços públicos: a recolha do lixo não existiu, do Funchal a Viana do Castelo, de Évora a Braga, de Lisboa ao Porto. Os serviços camarários fecharam um pouco por todo o país. A participação dos bombeiros na greve geral foi bastante elevada. Muitos tribunais, estações de correios, lojas da Telecom e serviços da segurança social estiveram também encerrados. Educação: muitas escolas do ensino básico e secundário fecharam por todo o país – só em Lisboa fecharam as portas mais de 30 escolas. Também várias faculdades encerraram por greve de professores, funcionários e estudantes, e as adesões foram bastante elevadas em muitas universidades. A greve dos professores atingiu os 70%. Centenas de escolas abriram as portas com poucos professores e funcionários.

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