GREVE GERAL

Em entrevista à TSF, negando o óbvio, Bagão Félix disse que o país funciona normalmente fora de Lisboa e do Porto. Não negou a paralisação nas duas cidades, que, segundo o ministro, se deveu à greve dos transportes. A enorme greve dos transportes não chega para justificar os enormes índices de adesão à greve geral. Os resultados fora das duas grande cidades desmentem o ministro. Os hospitais de Braga, Guimarães, Guarda, Fafe, Barreiro, Setúbal são algumas de umas unidades fora de Lisboa paradas. Quase todos as unidades de saúde. Cimpor, Grundig, Lisnave, Sorafame, Autoeuropa, Portucel, Siderurgia Nacional, Petrogal, Covina, Coelima, Corticeira Amorim, vidreiras Atlantis e Crisal, Quimitécnica, Amorim Industrial, EDP, todo o calçado do distrito de Aveiro, com destaque para a Rode, ou a Barbosa e Almeida, de Leiria, são só alguns dos exemplos de uma greve quase total. Os tribunais, a recolha de lixo, as estações de correios, as escolas, as câmaras municipais e a generalidade dos serviços públicos fecharam por todo o país. Nem as tentativas de subverter as regras da greve, como as intervenções policiais para dissuadir os piquetes de fazer o seu trabalho, as substituições de grevistas por estagiários, ou, no caso da Manutenção Militar, de substituição de civis por soldados, conseguiu alterar uma greve com uma adesão histórica.

www.bloco.org

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X