Saramago lança novo livro

José Saramago edita o seu novo livro, O Homem Duplicado, que tem uma primeira edição de 80,000 exemplares. A seguir, uns extractos da sua conferência com os jornalistas em Lisboa, Quarta-feira.

O único Prémio Nobel na Língua portuguesa, José Saramago edxplica o título do seu livro, comentando que “Há alguma coisa que temos latente no nosse imaginário: a possibilidade que outro igual a nós exista”.

Para Saramago, O Homem Duplicado é mais uma divagação pelo Mundo em que vivemos, um exame à vida. “O facto de eu viver feliz não me faz perder de vista o contacto com o real.Não me venham com histórias de que o Mundo é bonito”.

Só que Saramago recusa desenhar uma tema única para o seu mais recente trabalho: “tem várias leituras, vários entendimentos. O qutor não tem que confirmar as interpretações, mas antes juntá-los a todas as outras reflexões que já foram feitas sobre o assunto”.

Não esconde a sua amargura pelo tratamento que recebeu em Portugal, explicando porque escolheu viver fora do país e porque se recusa a fazer parte de eventos públicos. “Como sabem, saí daqui em 1992, desapontado com a ofensa que um governo do PSD fez ao meu trabalho, ao Ter censurado um dos meus livros, “O Evengelho Segundo Jesus Cristo”. Fui enxovalhado. Desde então para cá nunca me foram pedidas desculpas públicas. Ora, acontece que eu fui ofendido públicamente. Por isso, não me vendo e não me troco e só me dou a quem quiser”.

Lembrando que Camões descreveu Portugal como “aoagada e vil tristeza”, Saramago guarda uma mágoa, um ressentimento sobre o governo direitista do seu país natal e não deixa escapar uma oportunidade do o atacar:

“Visto de fora, o espectáculo que Portugal dá neste momento é do mais deprimente que se possa imaginar: faltam ideias, falta a coragem para as defender, falta debate”.

Cristina GARCIA PRAVDA.Ru PORTUGAL

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