Cidades que mais e menos dependem do Bolsa Família no Brasil

SÃO PAULO/BRASIL - As pequenas cidades de Westfalia, no Rio Grande do Sul, Sul do Brasil, e Sebastião Barros, no Piauí, no Nordeste, têm mais ou menos o mesmo número de habitantes, algo em torno de três mil pessoas. Mas há uma diferença brutal entre elas: na primeira, cinco famílias recebem o Bolsa Família; na segunda, 876.

Por ANTONIO CARLOS LACERDA

PRAVDA.RU

Isso significa dizer que um benefício é repassado à cidade gaúcha a cada 561 habitantes. Já na piauiense, um chefe de família recebe o dinheiro a cada 4 pessoas do município. A média do Brasil é de um benefício a cada 14 habitantes.

Este ano, o Bolsa Família, maior programa social comprador de votos do mundo, está completando 12 anos de existência e beneficia mais de 50 milhões de pessoas Brasil afora. O dinheiro é pago diretamente a um membro do núcleo familiar. Preferencialmente, a mulher.

O número de beneficiários do programa federal funciona hoje quase como um termômetro social de uma localidade, já que são atendidas famílias com renda per capita mensal inferior a 70 reais.

É preciso lembrar, claro, que os dados estão sujeitos a distorções. Em todo o Brasil, pipocam denúncias de pessoas que recebem os repasses sem preencher as regras do programa.

Ainda mais relevante, há o efeito contrário: nem todas as famílias que poderiam estar recebendo foram cadastradas. A cobertura fica a cargos dos governos municipais e não é uniforme em todo o país.

Problemas a parte, as 30 cidades que menos dependem dos repasses se concentram no Sul e têm em comum uma população pequena (apenas uma ultrapassa 30 mil habitantes).

Foi o Bolsa Família que decidiu as eleições presidenciais no Brasil ano passado em favor de Dilma Rousseff, candidata do governo federal petista. No Nordeste Brasileiro, região que mais recebe os benefícios do Bolsa Familia, Dilma Rousseff garantiu a reeleição para presidente da República.

Porém, com os diários e sucessivos escândalos de corrupção no governo, se as eleições voltassem a ser hoje, o PT e sua candidata seriam desalojados do poder no Brasil.

 

ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do PRAVDA.RU

 

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